Um levantamento da Visa, líder mundial em tecnologia de pagamentos, identificou um crescimento significativo nas transações realizadas nos cinemas brasileiros nos últimos dois meses de 2024. O aumento foi superior a 55% em novembro e a 75% em dezembro, em comparação com os mesmos períodos de 2023.
Apenas um entre tantos sinais de que a produção audiovisual nacional está em um momento absolutamente único. Após enfrentar uma das maiores crises da história, o setor celebra o recorde de 3.509 salas de cinema em funcionamento no país. O número, divulgado pela Ancine (Agência Nacional de Cinema) no início deste mês, além de incluir salas inauguradas ou reformadas em 22 cidades do interior (14 das quais sem nenhuma em funcionamento), supera as 3.478 registradas em 2019, antes da pandemia de Covid-19, que resultou no fechamento de quase metade das salas de cinema em 2020.
Além disso, o público brasileiro demonstrou mais interesse pelo cinema nacional. Em 2024, o número de espectadores de produções brasileiras dobrou em relação ao ano anterior, com destaque para o filme Ainda Estou Aqui, estrelado por Fernanda Torres, que conquistou o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama na primeira semana deste ano. Uma vitória que reflete o crescente prestígio do cinema brasileiro, impulsionado por uma maior presença nas telas e pelo fortalecimento da produção nacional. De acordo com Margareth Menezes, Ministra da Cultura, “o Ministério da Cultura (MinC) e a Ancine investiram R$ 2,6 bilhões em fomento destinado a mais de 600 produtoras que devem lançar, nos próximos anos, 1.100 filmes e séries, tudo feito no Brasil”.
Ainda segundo os dados da Ancine, 121,08 milhões de pessoas frequentaram as salas de cinema no último ano, também fruto das políticas de incentivo à reabertura e ampliação do alcance.