
O 42º prêmio de Ainda Estou Aqui chegou para fazer história; o primeiro Oscar para uma produção brasileira em 97 anos: Melhor Filme Internacional. E, nesta segunda-feira (2), o Ministério da Cultura celebrou o feito, enaltecendo a trajetória vitoriosa do longa, e o potencial e a alta qualidade do cinema brasileiro dentro e fora do país.
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“Merecido demais! Parabenizo Walter Salles, Fernanda Torres, Selton Mello e toda a equipe desse projeto que, de forma muito sensível, consegue homenagear a luta da família Paiva durante esse período tenebroso que vivemos na ditadura. A obra é um reconhecimento à memória do país e contribui para que o Brasil seja visto como o país que realiza produções cinematográficas da mais alta qualidade. Nosso cinema é potente, diverso e merece todo destaque”, comemorou a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
“O Brasil está em festa. O cinema nacional merece muito essa conquista. Nós, do Ministério da Cultura, estamos muito felizes, pois a premiação do Oscar repercute internacionalmente a grandiosidade dos nossos artistas, o talento de quem produz cinema e de todos que acreditam no poder transformador da cultura”, celebrou o secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares.
Totalmente aclamado
Desde o lançamento em novembro do ano passado, Ainda Estou Aqui já atraiu mais de 5 milhões de espectadores aos cinemas do país. Para a secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Joelma Gonzaga, o sucesso estimula o público a ver outras produções nacionais. “É um marco histórico para o cinema brasileiro. Esse reconhecimento mundial evidencia a potência das nossas narrativas, a qualidade da nossa produção audiovisual e a capacidade do Brasil de emocionar e impactar plateias ao redor do mundo. O sucesso não é apenas uma vitória para seus realizadores, mas para todo o setor audiovisual, que se fortalece a cada novo reconhecimento. Que essa conquista inspire ainda mais o público e que continuem prestigiando e se reconhecendo nas histórias que contamos”, afirmou.
Recorde
De acordo com dados da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), entidade vinculada MinC, o Brasil chegou a 3.517 salas de cinema, recorde da série histórica 2014/2024. O ano de 2024 fechou com a marca de 10,1% na participação dos filmes brasileiros no total de público nas salas de cinema. Em fevereiro de 2025, o market share do cinema brasileiro atingiu a marca de 32,7%, de acordo com dados da Secretária de Regulação da ANCINE (30,5% até o dia 19 de fevereiro).
Investimentos
MinC e ANCINE investiram, em 2024, um total de R$ 2,6 bilhões em fomento destinado a mais de 600 produtoras que devem lançar, nos próximos anos, 1,1 mil filmes e séries. “A produção audiovisual brasileira está vivíssima, pulsante e em alta no país e no exterior. O MinC seguirá trabalhando intensamente para abrir mais e mais possibilidades para o audiovisual brasileiro, que sempre foi, mesmo nos piores momentos, totalmente comprometido com o Brasil”, destaca a ministra da Cultura.
Público
Nas cinco primeiras semanas cinematográficas de 2025, os filmes brasileiros tiveram, em média, aproximadamente 31 espectadores por sessão, sendo o total de público igual a aproximadamente 4,43 milhões em um total de cerca de 143 mil sessões. O cinema nacional alcançou público de 16 milhões de pessoas e contabilizou renda de R$ 308 milhões. “Esse reconhecimento do brasileiro ao cinema nacional contribui para que o público estrangeiro também valorize nossas produções e consuma cada vez mais a cinematografia e tudo relacionado a promoção da cultura brasileira”, ressalta a secretária da SAV.