Cena de ‘Réquiem Para Uma Tribo’ (Foto: reprodução/ Divulgação)

Desta quinta-feira (6) até o próximo domingo (9), Volta Redonda (VR/RJ) recebe a primeira edição do festival VR Ambiental: Cinema e Sustentabilidade, que convida o público a refletir sobre a emergência climática e o papel das práticas sustentáveis na preservação do meio ambiente. As atividades acontecem nos Teatros I e II do Grêmio Artístico e Cultural Edmundo de Macedo Soares e Silva – GACEMSS, no bairro Santa Cecília, com entrada franca.

Realizado estrategicamente às vésperas da COP 30 — a conferência climática mais importante do mundo, que será sediada em Belém (PA), entre 10 e 21 de novembro — o Festival apresenta, na cidade que foi o berço da industrialização do Brasil, documentários nacionais e internacionais, de longa e curta-metragem, divididos em mostras competitivas e paralelas, além de rodas de conversa que atravessam a questão ambiental em suas múltiplas dimensões

A cerimônia de abertura do Festival, no dia 6, às 19h, inicia as comemorações dos 80 anos do GACEMSS e celebra a parceria com a Mostra Ecofalante. Na ocasião será exibido o filme Réquiem para uma tribo, de Marjan Khosravi, uma coprodução Irã, Espanha e Catar, que participou da Mostra Ecofalante 2025.

A curadoria é assinada por Andrea Cals (curadora, produtora e parecerista de conteúdo audiovisual), Eliane Pessoa Omena (bióloga marinha, doutora em Ecologia e consultora ambiental) e Saulo França Rosa (produtor e curador do festival Ecofalante). O júri da mostra competitiva é formado pelo produtor Cavi Borges e pela cineasta Daniela Broitman.

 VR Ambiental: Cinema e Sustentabilidade é uma produção da Urbano Filmes, em parceria com a Ecofalante — maior mostra de cinema dedicada aos temas socioambientais da América Latina — e coprodução da CAVIDEO.

A programação será composta pelas mostras:

  • Competitiva Nacional: quatro longas e cinco curtas-metragens brasileiros produzidos em 2024 e 2025;
  • Mostra Ecofalante de Cinema no Festival VR Ambiental: três documentários internacionais exibidos na mais recente edição da mostra, referência latino-americana em audiovisual e meio ambiente;
  • Curta-metragens convidados: dois curtas realizados em Volta Redonda e um título oferecido pela ONG francesa AMAR;
  • 1 Minuto Pelo Clima: filmes de um minuto criados por estudantes de Volta Redonda, do ensino médio e da UFF, a partir de oficinas promovidas pelo Festival.

A seleção destaca algumas das produções mais significativas dos últimos anos sobre sustentabilidade, territórios e meio ambiente, reafirmando o cinema como instrumento de reflexão e transformação social.

Idealizado e dirigido por Marco Antonio Pereira, natural de Volta Redonda, o festival conta com patrocínio do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc.

O festival pretende oferecer ao público um debate reflexivo sobre a emergência climática, tema que abrange os principais desafios ambientais contemporâneos — das inundações urbanas e deslizamentos de encostas às secas prolongadas, insegurança hídrica e alimentar, que hoje obrigam milhares de pessoas a se deslocarem no mundo todo”, afirma o produtor e cineasta Marco Antonio Pereira.

1º FESTIVAL VR AMBIENTAL: CINEMA E SUSTENTABILIDADE

Mostra Competitiva Nacional

Longas-metragens

  • Amazônia Azul, de Sergio Gag (2025 | 90 min)
    Do Marajó ao sul do país, o filme acompanha projetos que atuam na preservação do ambiente marinho brasileiro diante das ameaças da exploração de petróleo na costa.
  • Mundurukuyü — A Floresta das Mulheres Peixe, de Aldira Akay, Beka Mundurukuyü e Rilcélia Akay (2025 | 72 min)
    Mulheres Munduruku da aldeia Sawre Muybu usam o cinema para proteger a floresta e reafirmar a espiritualidade de um território onde natureza e ancestralidade são inseparáveis.
  • Pedra Vermelha, de Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt (2025 | 97 min)
    Moradores do Rio Uruguai resistem há mais de 40 anos à construção de hidrelétricas, num movimento que se tornou símbolo latino-americano de defesa das águas.
  • Serra Fina — Além das Cinzas, Roberta Sauerbronn e Leo de Souza Santos (2025 | 79 min)
    Entre as montanhas da Serra Fina, um incêndio expõe o impacto do turismo descontrolado e inspira uma reflexão sobre reconstrução e consciência ambiental.

Curtas-metragens

  • Alguma Coisa com Plutônio, de Raoni Assis (2024 | 11 min)
    Recife em distopia: uma reflexão sobre apatia, mudanças climáticas e os desafios de sobreviver em um mundo em aquecimento.
  • Agora que tudo está acabado, de Rafael Oliveira, Rogério Luiz Oliveira e Filipe Gama (2025 | 20 min)
    No sertão baiano, a exploração de minério de chumbo deixou memórias e uma herança ambiental que o filme revela.
  • A Mureta que Chora Mar, de Fernanda Terra Stori e Iuri Lima de Castro (2025 | 20 min)
    O documentário mostra como as ressacas do mar afetam os moradores de Santos, despertando reflexões sobre justiça climática e adaptação às cidades costeiras.
  • Cavaram uma cova no meu coração, de Ulisses Arthur (2024 | 23 min)
    Enquanto uma mineradora perfura a terra para extrair sal-gema, uma gangue de adolescentes planeja quebrar a máquina responsável pelos tremores e afundamento do solo.
  • Toré Virtual — Uxil’nexa D’manedwa, de Hugo Fulni-ô e Carolina Berger (2025 | 9 min)
    Em 360°, o filme imersivo revela a ritualidade Fulni-ô, conectando gerações, território e tecnologia para preservar saberes ancestrais.

Mostra Ecofalante de Cinema no Festival VR Ambiental – Filmes Internacionais Convidados

  • Réquiem para uma tribo, de Marjan Khosravi (Irã, Espanha, Catar. 2024 | 70min)
    Hajar, uma mulher de 55 anos da tribo nômade Bakhtiari (Irã), resiste à pressão para abandonar seu modo de vida tradicional. Entre o patriarcado, a urbanização e as mudanças climáticas, ela luta para manter seu rebanho e sua liberdade.
  • Apple Cider Vinegar, de Sofie Benoot (Bélgica, Países Baixos. 2024, 80min).
    Depois de expulsar uma pedra dos rins, uma narradora aposentada revisita o “mundo esquecido das pedras”. O filme-ensaio percorre pedreiras palestinas, campos de lava e laboratórios geológicos, costurando um olhar poético e urgente sobre o planeta.
  • Terra negra, mãos negras, de Mark Decena (EUA. 2023, 75min)
    Leah Penniman, da Soul Fire Farm, revisita o legado dos agricultores negros nos Estados Unidos e propõe um futuro regenerativo. Da memória ancestral à agroecologia, o filme celebra a resistência e o poder do cultivo coletivo.

Curta-metragens convidados

Produção de Volta Redonda:

  • Som em Volta, de Guto Souza (Brasil, 2022, 36 min)
  • Benedita, de Lane Lopes & Cadu Azevedo (Brasil, 2025, 20min)

Cortesia da ONG francesa AMAR:

  • Aqui de Fome eu Não Morro, de Leila Xavier (Brasil, 2023, 15min)

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, 6/11

  • 19h – Cerimônia de Abertura
  • 19h30 – Réquiem para uma Tribo | Mostra Ecofalante no Festival VR Ambiental

Sexta-feira, 7/11

  • 18h – Agora que tudo está acabado | Competição Nacional de Curtas-metragens
  • 18h30 – Roda de conversa “Commodities brasileiras, industrialização e sustentabilidade”, com Marcio Lins, consultor técnico da direção da CSN, Afonso Peres, diretor da UFF Volta Redonda. Mediação de Marco Antonio Pereira, diretor do Festival VR Ambiental.
  • 19h –  Mundurukuyü — A Floresta das Mulheres Peixe | Competição Nacional de Longas-metragens
  • 20h15 – Serra Fina — Além das Cinzas | Competição Nacional de Longas-metragens

Sábado 8/11

  • 15h30 –  Som em Volta | Curta-metragem convidado — Produção de Volta Redonda
  • 16h – Aqui de Fome eu Não Morro |  Curta-metragem convidado — Cortesia da ONG francesa AMAR
  • 16h30 – Roda de conversa “Agroecologia”, com Leila Xavier, diretora do filme Aqui de Fome eu Não Morro, e Gilles Maréchal, fundador da ONG AMAR. Mediação de José Arimathea, professor do IFRJ.
  • 17h – Amazônia Azul | Competição Nacional de Longas-metragens
  • 18h30 – Roda de conversa “Água como Direito Humano e Bem Comum”, com representante do Comitê Médio Paraíba do Sul (a confirmar) e Anderson Azevedo, Subsecretário da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Volta Redonda.  Mediação por Elianne Omena, curadora do Festival VR Ambiental
  • 19h – Toré Virtual — Uxil’nexa D’manedwa e A Mureta que Chora Mar | Competição Nacional de Curtas-metragens
  • 19h45 – Pedra Vermelha | Competição Nacional de Longas-metragens

Domingo 9/11

  • 15h30 – Benedita |Curta-metragem convidado — Produção de Volta Redonda
  • 16h – Alguma Coisa com Plutônio e Cavaram uma cova no meu coração | Competição Nacional de Curtas-metragens
  • 17h – Terra Negra, Mãos Negras |Mostra Ecofalante no Festival VR Ambiental — Filmes Internacionais Convidados
  • 18h30 – Roda de conversa “Racismo Ambiental”, com Renata Ferreira, Coordenadora do Memorial Zumbi dos Palmares e Margot Ramalhete, Presidente do Conselho Municipal de Política Cultural do Município de Volta Redonda. Mediação de Joaquim Valim, ambientalista.
  • 19h – Apple, Cider, Vinegar | Mostra Ecofalante no Festival VR Ambiental — Filmes Internacionais Convidados
  • 20h15 – Entrega dos prêmios
  • Exibição dos curtas estudantis do “Troféu 1 Minuto Pelo Clima

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL PARA ESTUDANTES

Sexta-feira, 7/11 – no Teatro GACEMMS II

  • 9h30 e 14h30 – Exibição dos curtas Cavaram uma Cova em Meu Coração Alguma Coisa com Plutônio, da Competição Nacional de Curtas-metragens, seguida de roda de conversa com Elianne Omena, curadora do Festival VR Ambiental.

SERVIÇO – 1º FESTIVAL VR AMBIENTAL: CINEMA E SUSTENTABILIDADE
www.festivalvrambiental.com.br
@festivalvrambiental
Data: 6 a 9 de novembro de 2025
Local: Grêmio Artístico e Cultural Edmundo de Macedo Soares e Silva – GACEMSS – Teatros I e II
Endereço: Rua 14, nº 315 – Vila Santa Cecília, Volta Redonda/RJ
Entrada franca
Realização: Urbano Filmes
Parceria: Ecofalante
Coprodução: Cavideo
Patrocínio: Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeira, através da Política Nacional Aldir Blanc.

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