Cena de ‘Descarte’ (Foto: Reprodução/ Divulgação)

Neste domingo (2), às 18h30, estreia, na TV Cultura, a Mostra Ecofalante de Cinema, faixa especial dedicada à COP30, que exibirá produções audiovisuais com temáticas socioambientais. Ao longo de todo o mês de novembro, um novo episódio será exibido semanalmente.

Considerado o mais importante evento audiovisual voltado à discussão socioambiental da América do Sul, a mostra selecionou seis produções brasileiras cujas temáticas dialogam com povos indígenas, mudanças climáticas, lixo, agro e economia sustentável.

Floresta – Um Jardim que a Gente Cultiva (2023) inaugura a programação no dia 2. Dirigido por Mari Corrêa, o documentário questiona o que a vida das cidades tem a ver com a vida dos indígenas, contrapondo o olhar indígena ao da ciência ocidental e expondo como a colonização persevera no discurso ultrapassado sobre povos indígenas e natureza.

No domingo seguinte (9), a atração é o filme Descarte (2021), no qual o diretor Leonardo Brant aborda o drama social do lixo, apresentado a partir de histórias inspiradoras de artistas, designers, artesãos e ativistas que transformam materiais recicláveis com inovação e sensibilidade.

Premiado em evento na Europa, Sob a Pata do Boi (2018), de Márcio Isensee e Sã, é exibido em 16/11. O filme investiga como a expansão da pecuária na Amazônia, a partir da década de 1970, contribuiu para o desmatamento da floresta, transformando-a em pastagens.

Definido como um filme-manifesto por uma nova visão de economia florestal sustentável e inclusiva, Parceiros da Floresta (2022) evidencia o potencial econômico da floresta em pé a partir de casos de sucesso no cinturão tropical do mundo, promovendo uma visão de desenvolvimento econômico e social centrado na biodiversidade. Dirigido por Fred Rahal Mauro, o documentário é exibido em 23/11.

Um programa duplo encerra o ciclo Mostra Ecofalante, em 30/11, ambos dirigidos pela cineasta Mari Corrêa. Quentura (2018) documenta mulheres indígenas em suas roças, casas e quintais, revelando seu vasto universo de conhecimentos e como observam os impactos das mudanças climáticas nos seus modos de vida. Já Para Onde Foram as Andorinhas? (2015) registra como os indígenas do Xingu são afetados pelas mudanças no clima e o aumento do calor. Na região, árvores não florescem mais, o fogo se alastra queimando a floresta, cigarras não cantam mais anunciando a chuva. O curta-metragem foi realizado originalmente para a Conferência de Paris (COP21).

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