(Foto: Divulgação/ Cinema na Montanha)

Depois de dez meses levando a sétima arte a regiões com escassez de atividades culturais, o projeto “Cinema na Montanha” entra em sua reta final financiada pela Lei Paulo Gustavo – e precisa de novos patrocinadores e investidores para garantir a continuidade de suas ações a partir de agosto.

Criado para aproximar o público da experiência coletiva do cinema, especialmente em áreas onde salas comerciais deixaram de existir, o projeto percorreu os municípios de Passa Quatro e Itamonte, no Sul de Minas Gerais, exibindo gratuitamente longas e curtas brasileiros — dos premiados “Aquarius” e “Bacurau” a produções independentes como “A Qualidade de Vida da Roça”, de Edu Band, realizado em parceria com a comunidade escolar do bairro rural do Campo Redondo.

“Queremos que pessoas que nunca tiveram acesso ao cinema desenvolvam esse hábito e passem a valorizar o audiovisual brasileiro. O cinema transforma, emociona, forma e educa. E isso tem um impacto enorme em regiões onde a oferta cultural é quase inexistente”, afirma Joana Caetano, coordenadora do Cinema na Montanha.

De outubro de 2024 a julho de 2025, o projeto promoveu mais de 30 sessões gratuitas, reunindo cerca de mil pessoas, muitas delas em bairros rurais afastados. A equipe é formada majoritariamente por mulheres e pessoas LGBTQIAPN+, e já gerou 16 empregos diretos durante a execução. Além das exibições, o projeto realiza debates, ações de formação de público e fortalecimento da cultura audiovisual, sempre de forma acessível e acolhedora.

Em Itamonte, por exemplo, além da atuação no centro da cidade, o projeto estendeu seus braços por duas estradas diferentes, levando o cineclube aos bairros de Campo Redondo e Colina, comunidades que nunca haviam recebido uma programação cultural regular. Em Passa Quatro, a recepção também foi calorosa, revelando uma demanda reprimida por ações culturais de qualidade.

Até aqui, o Cinema na Montanha foi financiado por recursos federais, por meio da Lei Paulo Gustavo, além de parcerias locais com o Coletivo de Cultura Casarão, Casa da Cultura de Itamonte, Centro Comunitário do Campo Redondo e Ponto de Cultura VAV. A iniciativa é uma realização de Joana Caetano, Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Governo de Minas Gerais, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.

“Agora, a equipe convida empresas, fundações, coletivos e cidadãos engajados a somar forças para manter viva essa corrente de inclusão cultural que já tocou tantas vidas”, finaliza Joana Caetano.

1 COMENTÁRIO

Deixe um comentário para Paula Pena Cancelar resposta

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui