(Foto: Divulgação/ Museu Pelé)

Se vivo, o Rei Pelé teria completado 85 anos no último dia 23 de outubro. E, para celebrar, seu museu, instalado nos antigos Casarões do Valongo (reconstruídos), no Largo Marquês de Monte Alegre, em Santos-SP, recebeu novas e inéditas imagens da Copa de 1962, vencida pelo Brasil na Suécia. As fotos fazem parte do acervo do fotógrafo chileno Juan Eliodoro Luca Valenzuela. Como conheceu o time do Santos em 1960 numa excursão ao Chile, aproximou-se dos jogadores e, na Copa, acompanhou de perto a Seleção Brasileira, cuja base era formada por atletas do plantel santista, registrando bastidores, instantes de intimidade e descontração com um olhar atento e humanista.

Elas revelam momentos únicos de Pelé, Garrincha, Didi, Vavá, Zagallo e outros craques que marcaram a história do futebol mundial. Parte desse acervo foi incorporada ao Museu Pelé, com direito de preservação e uso para exposições e materiais digitais, garantindo que a memória permaneça viva e acessível ao público.

O fotógrafo faleceu dois anos depois da copa e seu material ficou esquecido na casa da família, sendo descoberto somente em 2018 por Claudio Luco, filho do fotógrafo, em uma mala contendo cerca de 1.100 negativos originais da Copa de 1962. No ano seguinte, ele iniciou um projeto de recuperação, preservação e difusão dessas imagens. Ele já percorreu todos os países que participaram da copa, encerrando o tour justamente no Brasil e no dia do aniversário do Rei Pelé.

Molina, visivelmente emocionado, destacou a importância do ato, realizado no Museu Pelé no dia que Edson Arantes do Nascimento faria aniversário. “Coincidentemente, esta é a nossa última parada. São sete anos do trabalho, recuperando essas fotos em laboratório no Chile. Há muitas emoções envolvidas, porque em todos os países que visitamos não encontramos um espaço dessa qualidade. O Brasil foi o que deu maior importância para esse material histórico, que nós trouxemos com muito orgulho”.

“Depois de sete anos, são 16 países e o grande final em Santos, na terra do Pelé, no Brasil. O grande final de nosso documentário está sendo mágico”, complementou o produtor chileno.

EDINHO E PEPE
Edinho falou da importância dessa nova coleção no Museu Pelé. “Hoje em dia você vê a foto em si é uma coisa tão banal. Tira foto de tudo, de prato de comida, de tudo que você pode imaginar. Então, quem não viveu essa época, talvez não entenda como fotos eram raras, como a captação de momentos especiais era uma coisa muito difícil. É uma joia rara você ter imagens e fotos de determinados momentos como esse, como a Copa do Mundo, como fotos do Rei. É um achado, uma cápsula do tempo que foi aberta e nos levou de volta para aquele tempo”.

Quem também ficou muito sensibilizado foi Pepe, um dos grandes companheiros de Pelé no ataque do Santos e da seleção. “Fico muito feliz e emocionado. Afinal de contas, foram momentos de glória na nossa vida e carreira. Já vim aqui outras vezes, mas dessa vez a emoção foi redobrada”, afirmou o Canhão da Vila.

O Museu Pelé apresenta a incrível trajetória do Rei. No local, estão expostos documentos, camisas, chuteiras, bolas, condecorações e troféus, entre muitos outros itens do acervo pessoal do ‘Atleta do século XX’. Nos 4.134m² do museu, o público também aprecia áudios, filmes, fotos e textos sobre a história de Pelé. Funciona de terça a domingo, das 10h às 17h30. Entrada gratuita.

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