Charlize Theron em cena de ‘Três Vidas e um Destino’ (Foto: Reprodução/ Divulgação/ À La Carte)

O À La Carte preparou a programação de setembro com filmes de diferentes épocas e países. Entre os destaques estão Três Vidas e um Destino, com Charlize Theron e Penélope Cruz, e Quando Chega o Outono, de François Ozon, premiado em San Sebastián. O catálogo também traz A Morte Espera no 322, noir que marcou a estreia de Kim Novak em Hollywood, e Estação Termini, dirigido por Vittorio De Sica com Montgomery Clift e Jennifer Jones. A seleção inclui ainda Guantanamera, último filme de Tomás Gutiérrez Alea, o brasileiro Cordel do Amor Sem Fim, de Daniel Alvim, e produções recentes como Nuvem, de Amir Toodehroosta, e Ainda Temos o Amanhã, dirigido e protagonizado por Paola Cortellesi. Entram também títulos raramente exibidos, como O Egípcio(1954), de Michael Curtiz, O Amante Bilíngue, de Vicente Aranda, e Vlad – O Cavaleiro das Trevas, filmado na Transilvânia.

Completam a programação As Duas Faces de Zorro, Faz de Conta que é Paris e O Labirinto, estrelado por Dustin Hoffman e Toni Servillo.

Abaixo, as estreias semanais e também as novidades:

ESTREIA 04 DE SETEMBRO

Três Vidas e um Destino (Head in the Clouds)
Canadá, Reino Unido, 2004, Drama, Romance, 121 min, 16 anos
Direção: John Duigan
Elenco: Charlize Theron, Penélope Cruz, Stuart Townsend, Thomas Kretschmann
Sinopse: Durante a Guerra Civil Espanhola, três jovens vivem um intenso triângulo amoroso em Paris
Curiosidades: Charlize Theron e Stuart Townsend eram um casal também fora das telas durante as filmagens, o que trouxe curiosidade extra à recepção do filme e à química entre seus personagens. A direção de arte e os figurinos chamaram atenção pela recriação luxuosa da moda dos anos 30 e 40, com vestidos e cenários inspirados em fotografias de época. As cenas foram rodadas em Paris, Montreal e Espanha, combinando locações reais e sets construídos para dar autenticidade histórica ao drama.

A Morte Espera no 322 (Pushover)
EUA, 1954, Filme Noir, Romance, 01h28min, 14 anos
Direção: Richard Quine
Elenco: Fred MacMurray, Kim Novak, Philip Carey, Dorothy Malone
Sinopse: Um detetive da polícia se infiltra para vigiar a namorada de um assaltante de banco, esperando que ela o leve ao criminoso e ao dinheiro roubado. Mas quando se envolve emocionalmente com a jovem, ele passa a tramar com ela um plano arriscado para roubar o dinheiro e escapar juntos — mergulhando em uma espiral de paixão e traição típica do film noir.
Curiosidades: O filme marcou a primeira aparição importante de Kim Novak em Hollywood. Seu desempenho chamou a atenção da Columbia Pictures, que a transformaria em uma das estrelas mais famosas da década. A performance magnética de Novak neste filme teria chamado a atenção de Alfred Hitchcock, que a escalaria anos depois para “Um Corpo que Cai” (1958), papel mais icônico de sua carreira. O roteiro mistura elementos de dois livros: “The Night Watch”, de Thomas Walsh; e “Rafferty”, de Bill Ballinger, fundindo duas narrativas criminais em uma única história. Embora não tenha sido um grande sucesso comercial em seu lançamento, anos mais tarde o filme passou a ser elogiado por críticos como um noir elegante e tenso, sendo redescoberto em retrospectivas do gênero.

Guantanamera (Guantanamera)
Cuba/Espanha/Alemanha, 1995, Comédia, 01h45 min, 12 anos
Direção: Juan Carlos Tabío, Tomás Gutiérrez Alea
Elenco: Carlos Cruz, Mirta Ibarra, Jorge Perugorría
Sinopse: É uma sátira sobre a vida em Cuba. Os membros de um cortejo fúnebre e alguns caminhoneiros que precisam fazer o mesmo caminho começam a falar sobre Deus e o mundo e acabam descobrindo que a vida para ambos os grupos tem muitas semelhanças e muitas diferenças, dependendo do ponto de vista.
Curiosidades: Último longa do consagrado diretor cubano Tomás Gutiérrez Alea, coautor de clássicos como “Memórias do Subdesenvolvimento” (1968) e “Morango e Chocolate” (1993); ele faleceu em 1996, pouco após o lançamento do filme. O título faz referência à canção popular “Guantanamera”, símbolo da cultura cubana, que perpassa a trilha sonora e dialoga com a identidade nacional retratada no filme. A obra repete a parceria criativa entre os diretores Juan Carlos Tabío e Tomás Gutiérrez Alea e traz de volta atores e equipe técnica de “Morango e Chocolate”, estabelecendo um elo estético e temático entre os dois filmes. “Guantanamera” foi exibido em festivais como Veneza e Toronto e premiado no Festival de Gramado, consolidando a reputação da dupla como grandes nomes do cinema cubano contemporâneo.

Quando Chega o Outono (Quand vien l’automne)
França, 2024, Suspense, Drama, 1h42min, 14 anos
Direção: François Ozon
Elenco: Hélène Vincent, Pierre Lottin, Ludivine Sagnier, Josiane Balasko
Sinopse: Michelle desfruta de uma aposentadoria tranquila vivendo perto de sua amiga de longa data Marie-Claude. Ela aguarda ansiosa a visita do neto Lucas durante as férias escolares, mas um equívoco destrói seus planos. Michelle fica sem propósito, até o momento que o filho de Marie-Claude sai da prisão.
Curiosidades: Embora não seja confessional, o filme reflete o fascínio de Ozon por histórias familiares e memórias de infância, um tema recorrente em sua filmografia, como em “Sob a Areia” (2000) e “O Tempo que Resta” (2005). Ozón se inspirou numa experiência de infância: sua tia teria servido um prato de cogumelos que ela mesma havia colhido; todos ficaram doentes, exceto ela — o que levantou dúvidas sobre suas intenções. A obra foi selecionada para o Festival de San Sebastián 2024, no qual conquistou o Prêmio do Júri de Melhor Roteiro e o Silver Shell de Melhor Ator Coadjuvante para Pierre Lottin. “Quando Chega o Outono” retrata com sensibilidade os gestos cotidianos de pessoas com mais de 80 anos: jardinagem, missas, preparações domésticas, atividades raramente mostradas no cinema com tanta atenção e respeito.

ESTREIAS 11 DE SETEMBRO

Estação Termini (Stazione termini)
Itália, 1953, Drama, Romance, 1h29min, 14 anos
Direção: Vittorio De Sica
Elenco: Uma mulher americana casada viaja a Roma para terminar um caso amoroso com um jovem italiano. Na movimentada estação Termini, eles passam algumas horas juntos antes da partida do trem, oscilando entre despedidas dolorosas e a tentação de reatar. Enquanto o relógio avança, o romance proibido confronta o peso da moralidade e das escolhas pessoais.
Curiosidades: O figurino usado por Jennifer Jones foram desenhados por Christian Dior. O filme foi uma coprodução entre a Columbia Pictures e a produtora de De Sica. O objetivo era unir o prestígio do neorrealismo italiano ao apelo comercial de astros de Hollywood, como Jennifer Jones e Montgomery Clift. Grande parte das cenas foi rodada dentro da estação ferroviária Termini, capturando o movimento real de passageiros e a atmosfera caótica do local — uma marca do estilo semi-documental de De Sica. O produtor David O. Selznick interferiu bastante na montagem final, o que gerou atritos com De Sica. Selznick buscava um tom mais melodramático, enquanto De Sica queria um retrato mais contido e realista. Para o astro Montgomery Clift, o filme representou uma rara experiência europeia em sua carreira e foi elogiado por seu desempenho introspectivo.

As Duas Faces de Zorro (The Gay Blade)
USA/ México, 1981, Ação, Comédia, 1h33min, 14 anos
Direção: Peter Medak
Elenco: George Hamilton, Lauren Hutton, Brenda Vaccaro
Sinopse: Zorro, o lendário espadachim, transmitiu a sua arma e o seu sentido do dever ao seu nobre filho, Diego, um corajoso espadachim como o seu pai. Mas depois de um ferimento, Diego é forçado a entregar a máscara ao seu gêmeo, Ramon.
Curiosidades: O ator George Hamilton interpreta dois papéis: o herói Don Diego de la Vega e seu irmão gêmeo homossexual, Bunny Wigglesworth. A performance dupla foi elogiada pela ousadia cômica e pelo carisma do ator. O filme parodia os elementos tradicionais das histórias de Zorro, combinando humor pastelão, críticas sociais e referências à cultura pop, sem deixar de lado as cenas de capa e espada. Além de brincar com o mito do Zorro, a trama faz alusões a produções de capa e espada da era dourada de Hollywood, incluindo homenagens estilísticas a Douglas Fairbanks e Tyrone Power. Na época, a figura do “irmão gay” foi inovadora no gênero de aventuras, e hoje o filme é lembrado como uma curiosa mistura de sátira queer e homenagem aos heróis clássicos.

A Ponte de San Luis Rey (The Bridge of San Luis Rey)
Reino Unido, Espanha, França, 2004, Drama, Histórico, 120 min, 10 anos
Direção: Mary McGuckian
Elenco: F. Murray Abraham, Kathy Bates, Gabriel Byrne, Geraldine Chaplin, Robert De Niro
Sinopse: No Peru do século XVIII, um frade investiga se a queda de uma ponte foi acidente ou destino divino.
Curiosidades: O filme é baseado no livro homônimo de Thornton Wilder, que venceu o Prêmio Pulitzer em 1928 e já havia sido adaptado outras vezes para o cinema e teatro. A trama acompanha um frei que investiga a queda de uma ponte e a morte de cinco pessoas, explorando se o acidente foi obra do acaso ou parte de um plano divino — tema central do livro. O elenco internacional de prestígio reúne nomes como Robert De Niro, Kathy Bates, Gabriel Byrne, Harvey Keitel e F. Murray Abraham, em uma produção que mescla talentos de Hollywood e Europa. Embora a história se passe no Peru do século XVIII, a produção foi filmada principalmente na Espanha, utilizando mosteiros e vilarejos históricos para recriar a Lima colonial.

Nuvem (Numb)
Irã, 2023, Drama, 91 min, 12 anos
Direção: Amir Toodehroosta
Elenco: Ayhan Shaygan, Shabnam Dadkhah, Nora Hanifeh Zadeh, Rayan Razmi, Kiana Mehdi Abad
Sinopse: Em um jardim de infância iraniano onde meninos e meninas ainda podem frequentar juntos, apesar das rígidas leis iranianas, o curioso menino Roham se apaixona por Rana e descobre os complicados segredos de sua vida pessoal.
Curiosidades: Toda a narrativa se passa em um jardim de infância, palco do único momento escolar em que meninos e meninas convivem juntos antes da segregação de gênero obrigatória nas escolas iranianas. O protagonista Roham, de seis anos, atua como observador silencioso dos conflitos e segredos que emergem entre colegas, educadores e familiares — um espelho da sociedade adulta refletido na inocência infantil. As atividades escolares são permeadas por propaganda ideológica e instruções religiosas, criando uma tensão constante entre o desejo de liberdade das crianças e a imposição do controle do Estado iraniano. Este é o segundo longa de Amir Toodehroosta após “Paat” (2013), continuando sua trajetória de usar a ficção para refletir criticamente sobre a sociedade iraniana e suas contradições.

ESTREIAS 18 DE SETEMBRO

Cordel do Amor Sem Fim (Cordel do Amor Sem Fim)
Brasil, 2023, Drama, 1h16 min, 16 anos
Direção: Daniel Alvim
Elenco: Helena Ranaldi, Patrícia Gaspar, Márcia de Oliveira
Sinopse: No sertão baiano, às margens do Rio São Francisco, três irmãs têm suas vidas marcadas pela promessa de um amor ausente. Teresa aguarda o retorno de Antônio, enquanto suas irmãs testemunham os efeitos dessa espera sem fim, mergulhando em sentimentos de solidão, desejo e esperança. Inspirado na estética da literatura de cordel, o filme retrata a força feminina e o tempo suspenso do sertão.
Curiosidades: O longa adapta a peça de Cláudia Barral mantendo uma estética que remete à literatura de cordel — com ritmo narrativo e narrações em off que evocam versos rimados, além de cenários estáticos e figurinos vibrantes como se fossem xilogravuras vivas. Daniel Alvim dirigiu a montagem teatral original e reuniu o mesmo elenco para o filme (Helena Ranaldi, Patrícia Gasppar, Márcia de Oliveira etc.), mantendo diálogos, ritmo e encenação praticamente intactos. Primeira produção da Deagáh Filmes, do próprio Alvim e Helena Ranaldi, o filme se passa às margens do Rio São Francisco, numa pequena cidade interiorana, trazendo à tona temas como espera, solidão, amor e a força feminina no sertão.

O Amante Bilíngüe (El Amante Bilingüe)
Espanha, 1993, Drama, Comédia, 1h45 min, 16 anos
Direção: Vicente Aranda
Elenco: Imanol Arias; Ornella Muti; Loles León
Sinopse: Marido separa-se da mulher depois que a flagra transando com um engraxate. Separam-se, mas a paixão não acaba. De tal modo que ele, ao topar com ela, arma um plano para que voltem a se encontrar.
Curiosidades: O filme é uma adaptação do romance homônimo de Juan Marsé, lançado em 1990, que trata de identidade, obsessão e conflitos culturais em Barcelona. Aranda já havia adaptado outras obras de Marsé, como “Si te Dicen que Caí” (1989). A história explora o choque entre as línguas castelhano e catalão na Catalunha, tema delicado na época e que deu ao filme uma camada política sutil, além do enredo erótico e psicológico. A atriz Emma Suárez interpreta duas personagens opostas que representam desejos distintos do protagonista, reforçando o tema da dualidade identitária. Sua atuação foi bastante elogiada pela crítica. O filme gerou controvérsia por suas cenas de nudez e forte erotismo, marca do estilo de Vicente Aranda nos anos 1990. Algumas exibições internacionais foram censuradas ou editadas. Filmado pouco antes das Olimpíadas de 1992, o longa registra uma Barcelona em transição urbana e cultural, servindo como documento visual de uma cidade às vésperas de grandes mudanças sociais.

Vlad – O Cavaleiro das Trevas (Vlad)
Espanha/Romênia/EUA, Itália, 2003, Terror, Histórico, 98 min, 14 anos
Direção: Michael D. Sellers
Elenco: Francesco Quinn, Billy Zane, Brad Dourif, Paul Popowich
Sinopse: Quatro jovens norte-americanos viajam à Romênia para investigar as lendas de Vlad Tepes, o príncipe que inspirou o mito do Drácula. O que começa como uma curiosidade turística logo se transforma em pesadelo quando eles descobrem que a figura histórica pode estar mais viva — e sedenta por sangue — do que imaginavam.
Curiosidades: O filme trouxe atores norte-americanos e europeus pouco conhecidos no gênero, buscando um elenco que não fosse associado a franquias anteriores de Drácula, mas que desse tom mais “realista” à produção. Boa parte do filme foi gravada em castelos e florestas autênticas da Transilvânia, como o Castelo de Hunedoara e o Castelo de Bran, reforçando o aspecto gótico e histórico da narrativa. O roteiro mistura elementos de ficção de vampiro com referências diretas à história de Vlad III, incluindo costumes da Valáquia do século XV e relatos reais sobre sua brutalidade militar. Na época do lançamento, o filme passou quase despercebido fora da Romênia e da Espanha, mas anos depois ganhou status de cult entre fãs de terror histórico pela ambientação sombria e fidelidade visual ao período medieval.

Ainda Temos o Amanhã (Ce ancora domani)
Itália, 2023, Drama, Comédia, 1h58 min, 16 anos
Direção: Paola Cortellesi
Elenco: Paola Cortellesi, Valério Mastandrea, Romana Maggiora Vergano
Sinopse: Em uma Roma pós-guerra dos anos 40, dividida entre o otimismo da libertação e as misérias, vive Delia, uma mulher dedicada, esposa de Ivano e mãe de três filhos. Esses são os papéis que a definem e ela está satisfeita com isso. Enquanto seu marido Ivano age como o chefe autoritário da família, Delia encontra consolo em sua amiga Marisa. A família se prepara para o noivado da filha mais velha, Marcella, que vê no casamento uma saída para uma vida melhor. No entanto, a chegada de uma carta misteriosa dá a Delia a coragem para questionar seu destino e de sua família e, talvez, encontrar sua própria liberdade. Entre segredos e reviravoltas, este drama emocionante explora o poder do amor e da escolha em tempos difíceis.
Curiosidades: O filme conquistou mais de 5 milhões de espectadores na Itália, superando Barbie e Oppenheimer em bilheteria local, tornando-se um dos maiores sucessos da história recente do cinema italiano. “Ainda Temos o Amanhã” marca o primeiro filme como diretora de Paola Cortellesi, que também coassinou o roteiro e protagoniza a obra, inaugurando uma nova faceta em sua carreira artística. A ideia do filme foi inspirada nas histórias reais da avó e da bisavó da diretora, e se passa na Roma de 1946, período em que as mulheres italianas conquistaram o direito ao voto após a Segunda Guerra Mundial. O visual do longa em preto e branco, com abertura em formato 4:3 e som propositalmente envelhecido, é uma clara homenagem ao neorrealismo italiano dos anos 1940, alinhando-se à sensibilidade de Rossellini e De Sica.

ESTREIAS 25 DE SETEMBRO

Questão de Lealdade (A Different Loyalty)
EUA, Reino Unido, Canadá, 2004, Drama, Espionagem, 96 min, A16 anos
Direção: Marek Kanievska
Elenco: Sharon Stone, Rupert Everett, Emily VanCamp
Sinopse: Inspirado em Kim Philby: uma jornalista busca seu marido desaparecido em Beirute, descobrindo segredos perigosos
Curiosidades: O filme é inspirado na vida da jornalista britânica Eleanor Philby, ex-esposa de Kim Philby, um dos mais famosos espiões britânicos que desertou para a União Soviética. O personagem interpretado por Rupert Everett é uma versão ficcional de Kim Philby, um dos membros do infame grupo de espiões conhecido como Cambridge Five. Sharon Stone interpreta a protagonista, trazendo ao papel uma carga emocional intensa pouco vista em sua carreira.Esta é uma das poucas histórias de espionagem baseadas na Guerra Fria que coloca uma mulher no centro do conflito. A produção contou com locações no Canadá, Hungria e Reino Unido, para recriar cenários da Guerra Fria.

Faz de Conta que é Paris (Pare parecchio Parigi)
Itália, 2024, Comédia, 01h36 min, 10 anos
Direção: Leonardo Pieraccioni
Elenco: Leonardo Pieraccioni, Chiara Francini, Nino Frassica
Sinopse: Para realizar o desejo, agora lamentado, de um pai idoso e muito doente que não conseguiu fazer uma viagem a Paris com os filhos, os três irmãos, que não se falam há cinco anos, fingem deixar Florença com ele a bordo de um trailer, que nunca sairá dos limites de um estábulo de cavalos.
Curiosidades: Baseada em um acontecimento real, a trama teve parte das cenas gravadas em uma fazenda na Toscana, e o cenário parisiense foi construído inteiramente pela equipe de direção de arte, usando objetos reciclados e peças de antiguidades locais. As filmagens ocorreram em sete semanas em um haras fora de Roma, mas mantêm o clima e os costumes da região Toscana. Além do trio principal (Pieraccioni, Chiara Francini e Giulia Bevilacqua), o elenco inclui nomes conhecidos da comédia italiana como Massimo Ceccherini, Sergio Forconi e Gianna Giachetti.

O Labirinto (Into the labrinth)
Itália, 2019, Suspense, Mistério, 2h10 min, 16 anos
Direção: Donato Carissi
Elenco: Dustin Hoffman, Toni Servillo, Valentina Bellè
Sinopse: Uma jovem desaparecida por quinze anos é encontrada viva e em estado de choque, incapaz de lembrar o que lhe aconteceu. Enquanto um psiquiatra criminal tenta reconstruir sua memória dentro de um hospital-labirinto, um detetive particular investiga paralelamente o sequestro, convencido de que o criminoso — um homem mascarado como coelho — ainda está à solta. Conforme as peças se encaixam, a linha entre realidade e alucinação se desfaz, revelando um jogo psicológico mortal.
Curiosidades: Estrelado por Dustin Hoffman e Toni Servillo, o filme foi distribuído em 72 países com receita mínima garantida de €1,5 milhão. Donato Carrisi dirigiu e escreveu o filme baseado no seu romance homônimo publicado em dezembro de 2017, terceiro livro da série que tem a investigadora Mila Vasquez como protagonista. A trilha musical de Vito Lo Re foi gravada com a Orquestra Sinfônica da Rádio Nacional da Bulgária e lançada digitalmente em outubro de 2019.

O Egípcio (The egyptian)
EUA, 1954, Drama, 2h19 min, 14 anos
Direção: Michael Curtiz
Elenco: Jean Simmons, Victor Mature, Gene Tierney, Peter Ustinov
Sinopse: No Egito Antigo, o jovem órfão Sinuhe ascende de humilde estudante a médico da corte do faraó Akhenaton. Entre intrigas palacianas, paixões proibidas e dilemas espirituais, ele é dividido entre a lealdade ao rei que prega um novo deus e as tentações do poder e da riqueza. Sua jornada revela a luta de um homem em busca de sentido e redenção em meio a uma era de grandes mudanças religiosas e políticas.
Curiosidades: O filme é baseado no best-seller homônimo de Mika Waltari, escritor finlandês, considerado um dos romances históricos mais importantes do século XX. A 20th Century Fox investiu pesadamente na recriação do Egito Antigo, construindo cenários monumentais e figurinos luxuosos para competir com outros épicos bíblicos da época. O papel principal seria de Marlon Brando, que abandonou o projeto antes das filmagens, sendo substituído por Edmund Purdom, então pouco conhecido. A música foi composta em colaboração entre dois gigantes: Alfred Newman e Bernard Herrmann, sendo uma das poucas trilhas assinadas por ambos juntos. Em vez de centrar-se em batalhas ou romances bíblicos, a trama aborda conflitos morais, existenciais e religiosos do protagonista, um médico egípcio dividido entre a fé e o poder.

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