(Foto: Divulgação/ Cinemato)

O 22º Festival de Cinema de Cuiabá – CINEMATO, entre 14 e 20 de julho, está com inscrições abertas até o dia 6 de junho para curtas e longas-metragens. Este ano o evento traz o tema “Decolonizando a Amazônia” e irá homenagear o cineasta da Selva Silvino Santos. Para se inscrever basta acessar: www.festivalcinemato.com.br.

Há 32 anos o CINEMATO ousou em realizar o maior movimento do cinema mato-grossense, e é reconhecido como um dos mais importantes Festivais do audiovisual do Brasil.

“Não somos um evento, somos um movimento. E movimentos não morrem — se reinventam”, destaca o idealizador do Festival, o cineasta Luiz Carlos de Oliveira Borges. Ele conduz sua fala em dizer do importante papel de resistência da produção audiovisual mato-grossense e do cinema brasileiro. “Ainda estamos aqui e continuaremos aqui”.

Com realização do Instituto INCA-Inclusão, Cidadania e Ação, patrocínio do Governo do Estado de Mato Grosso, via Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), parceria com a Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev – UMFT), Primeiro Plano Cinema e Vídeo, é uma ação que otimiza e impulsiona o desenvolvimento autossustentável, a responsabilidade social e a governança corporativa da economia criativa por meio dos filmes e projetos culturais diversos que se convergem durante o Festival.

Tem o apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Secretaria Municipal de Cultura Esporte e Lazer, Cineclube Coxiponés -UFMT, Curso de Cinema e Audiovisual da UFMT, Rede Cineclubista de Mato Grosso (REC-MT).

32 ANOS ESCREVENDO A HISTÓRIA
Festival de Cinema de Cuiabá começou há mais de 30 anos, em 1993, como uma Mostra de Cinema e Vídeo de Cuiabá, em um ato provocativo, quando só havia salas de exibição em um único cinema comercial. Teve alguns anos de pausa, por falta de investimento público, no entanto, revolucionou a produção audiovisual em Mato Grosso, pois o evento revelou não apenas um espaço de exibição, mas um projeto pedagógico e político que transformou a cena cultural local.

Mais do que premiar, o evento formou gerações, pois muitos dos profissionais que hoje atuam no audiovisual mato-grossense tiveram seu primeiro contato com o cinema por meio das oficinas do festival, e colocou Cuiabá no mapa dos principais Festivais de Cinema do Brasil.

O festival escreveu seu nome na história do audiovisual brasileiro ao ser palco de primeiras consagrações de grandes nomes como Dira Paes, que recebeu aqui seu primeiro prêmio de Melhor Atriz por “Corisco & Dadá” (1996), Fernando Meirelles, premiado por “Domésticas” (2001) antes de ganhar o mundo com “Cidade de Deus”, e Hilton Lacerda, diretor e roteirista de “Tatuagem” (2014) e ainda como roteirista de obras marcantes como “Amarelo Manga” e “Baile Perfumado”.

O TEMA
“Decolonizando a Amazônia” propõe uma reflexão sobre a libertação política, cultural, econômica e social da região, valorizando os saberes e a autonomia dos povos que ali vivem. Através da produção audiovisual contemporânea, busca-se romper com a visão colonial europeia e destacar narrativas que evidenciem o protagonismo de povos originários, trabalhadores e migrantes. Decolonizar é reconhecer saberes ancestrais, questionar estruturas de poder e abrir caminhos para reconstruir identidades e imaginar novos futuros.

O Festival de Cinema de Cuiabá prova que sua missão permanece mais vital do que nunca: universalizar o acesso à cultura (com sessões em presídios e hospitais), valorizar a memória, com Mostras de cinema mato-grossense, e preparar o amanhã com oficinas.

Mais do que um espaço para exibir filmes, o CINEMATO se consolida como um ambiente para questionar, debater e agir, lembrando que a descolonização, embora não seja um processo fácil ou rápido, é absolutamente necessária para a construção de um futuro mais justo e plural

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