
Um grande sucesso da literatura nacional e sua adaptação para o cinema são tema da edição de julho do Clube do Filme do Livro – programa mensal que reúne cinema e literatura no MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. O público confere sessão do longa-metragem “Carandiru” (2003), dirigido por Héctor Babenco, baseado no livro “Estação Carandiru”, do médico Dráuzio Varella. A escolha é da escritora Natalia Timerman, que participa do bate-papo após a sessão. A atividade acontece no dia 24.07, quinta-feira, às 19h. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados com uma hora de antecedência na bilheteria física do MIS.
O Clube do Filme do Livro é o programa do MIS que reúne cinema e literatura. A cada mês, um convidado elege um filme baseado em um livro, e o Museu exibe a produção, seguida de um bate-papo. A ideia é tratar do filme sob a ótica da adaptação, sobretudo a partir de impressões, reflexões e abordagens do convidado de cada edição.
Sobre o filme
Carandiru (dir. Héctor Babenco, Brasil/Argentina, 2003, 146 min, digital) – O filme retrata a rotina dos detentos na Casa de Detenção de São Paulo — o maior presídio da América Latina até sua desativação — a partir do olhar de um médico voluntário que atende os presos e se aproxima de suas histórias. Por meio de uma série de episódios interligados, o filme expõe os dramas pessoais dos internos, abordando temas como violência, amor, lealdade, preconceito e sobrevivência no sistema carcerário brasileiro. A narrativa culmina em 1992, quando uma intervenção da Polícia Militar para conter uma rebelião resultou na morte de 111 presos, no que ficou conhecido como o “massacre do Carandiru”.
Sobre o livro
Estação Carandiru (Dráuzio Varella, 1999, Companhia das Letras) – O livro é fruto dos anos em que o autor, dr. Dráuzio Varella, atuou como médico voluntário na prisão, prestando atendimento principalmente relacionado à prevenção e tratamento da AIDS. Narrada em primeira pessoa, a obra reúne histórias reais de dezenas de detentos, revelando um cotidiano marcado por violência, superlotação, abandono, busca por afeto, solidariedade e códigos de conduta próprios. A obra foi vencedora do Prêmio Jabuti de Não Ficção em 2000 e tornou-se um fenômeno editorial, com mais de 500 mil exemplares vendidos.
Sobre a convidada
Natalia Timerman é escritora, médica psiquiatra, mestre em psicologia e doutoranda em literatura pela USP. Trabalhou por mais de uma década no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, experiência que inspirou seu livro de estreia, “Desterros: histórias de um hospital-prisão” (2017), relançado em 2025 pela editora Todavia. Sua coletânea de contos, “Rachaduras” (2019), foi finalista do Prêmio Jabuti, e seu romance “Copo vazio”, de 2021, se tornou um dos livros mais vendidos do ano, sendo adaptado para o teatro e para o cinema. Em 2022, publicou seu primeiro livro infantil, “Os óculos de Lucas”, em parceria com a psicanalista Bel Tatit; e em 2023, publicou o romance “As pequenas chances”, sobre a relação do luto com o judaísmo. Natalia também atua como crítica literária, colaborando com revistas como Quatro Cinco Um e CULT, além de ministrar cursos de literatura.
A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e com o apoio do ProAC.
O MIS tem patrocínio institucional da B3, Vivo, Valid, Kapitalo Investimentos, Goldman Sachs, Sabesp e TozziniFreire Advogados e apoio institucional das empresas Unisys, Unipar, Grupo Comolatti, Colégio Albert Sabin, PWC, TCL SEMP, Telium e Kaspersky.
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Maravilhosos unir a literatura e cinema!!👏👏🙏🏻🙏🏻🥰🥰