(Foto: Divulgação / Bienal do Livro Rio / Filmart)

A Bienal do Livro Rio é, hoje, o maior festival de literatura, cultura e entretenimento da América Latina não só pelo significativo volume de visitantes e recordes de vendas de livros, mas por consolidar-se como uma referência internacional em inovação, experiência ao público e impacto cultural. Seu propósito de estimular a leitura e formar nova geração de leitores tem atraído grandes marcas – inclusive não endêmicas –, o que vem contribuindo para que o festival tenha se consolidado como o quarto maior evento do Rio de Janeiro, considerando Réveillon, Carnaval e Rock in Rio.

A feira de livros que surgiu na década de 80 no icônico Copacabana Palace, para uma elite carioca majoritariamente masculina, ocupa agora 130 mil metros quadrados do Riocentro, na Barra Olímpica, com mais de 570 expositores e 17 patrocinadores. A programação plural e diversa é definida por um coletivo curador robusto, transitando pelos mais variados temas e reflexões contemporâneas importantes para a sociedade. A edição deste ano, quando a cidade celebra o título de Rio Capital Mundial do Livro, título concedido pela Unesco, traz um conceito inédito de parque literário, a partir de pesquisas qualitativas e quantitativas realizadas pela GL events Exhibitions sobre hábitos de consumo e tendências dos mercados de eventos e editorial.

A empresa é uma divisão de negócios da multinacional francesa GL events, responsável pela realização da Bienal do Livro Rio, que completa 42 anos ininterruptos, e conta com a parceria do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Desta vez, a Shell Brasil e o Itaú patrocinam a cota ‘Apresenta’ e o festival ainda terá uma pré-estreia exclusiva, com patrocínio do TikTok. Já o Café Literário chega aos seus 25 anos. Este foi o primeiro formato de entretenimento em um evento desse segmento e que lançou tendência no país – inspirado no Café FNAC do Salão do Livro de Paris.

Segundo a diretora da GL events Exhibitions, Tatiana Zaccaro, foi em 2019 que o grupo traçou um planejamento estratégico para as cinco edições seguintes da Bienal do Livro Rio, promovendo uma revolução em seu formato. Deixava-se para trás completamente o conceito de “feira literária” – que permanece presente no evento – para consolidação de uma plataforma de impacto cultural, econômico e educacional de alcance nacional e internacional. A ideia era, gradualmente, alcançar o conceito de Book Park em 2027, o que acabou antecipado pelo título da Unesco. Para isso, a organização promoveu um roadshow, visitando todas as grandes editoras do mercado editorial, como forma de engajá-las neste processo.

Ainda em 2023, o festival trouxe as primeiras adaptações na programação para criar experiências imersivas, colocando autor e leitor em um contato ainda mais próximo. Com Julia Quinn, autora de ‘Os Bridgertons’, Bienal fez um baile da realeza com fãs fantasiados. Às sextas, montou um boteco bem carioca no Café Literário, trazendo bate papo com o historiador Luiz Antonio Simas. Criou ainda novos espaços como Páginas no Palco e Páginas na Tela, ampliando a importância de outras plataformas para conectar leitores com diversas narrativas. Já com as escritoras Cassandra Clare e Holly Black, a Bienal trouxe fãs fantasiados ‘inquirindo’ as autoras sobre o destino dos personagens preferidos e outras possibilidades para a história.

O crescimento foi evidente: naquele ano, festejando 40 anos de evento, foram mais de 600 mil pessoas e 5,5 milhões de livros vendidos – uma média de nove por pessoa em um país que a cada ano perde milhares de leitores. Por isso, a realização da Bienal e seu potencial de mobilização foram os principais argumentos para a defesa do Rio de Janeiro na disputa pelo título de Capital Mundial do Livro.

“Provocamos a Prefeitura do Rio, que já tinha essa possibilidade no radar, e montamos uma verdadeira força tarefa para lançar a candidatura e cumprir os requisitos previstos no edital”, lembra o diretor de Marketing e Conteúdo da GL events Exhibitions, Bruno Henrique. “Com a vitória da cidade, decidimos antecipar os nossos planos e aproveitar os holofotes deste ano especial para lançar o conceito inédito de parque literário, mostrando que a leitura pode ser algo lúdico, vibrante e compartilhado. Esta é, aliás, uma das formas mais eficientes de conectar os jovens e os adolescentes aos livros”, explica ele.

Um dos grandes diferenciais da edição de 2025 é que as ativações foram pensadas e desenvolvidas em estreita colaboração com as marcas patrocinadoras. A GL events Exhibitions criou, junto com a Shell Brasil, a Praça Além da Página – espaço ao ar livre que propõe novos modos de convívio e leitura, com foco na comunidade leitora, trazendo o visitante como protagonista. Com a concessionária de energia Light, nasceu a roda-gigante literária, uma experiência inédita no mundo que alia entretenimento e imersão com áudios personalizados no universo dos livros. Já com o TikTok, foi estruturada a ‘Pré-estreia Bienal para Você’, um evento para 10 mil pessoas com programação exclusiva e diversas ativações da plataforma, ampliando o estímulo à leitura para a comunidade dos Booktokers.

Isso significa que, com base em análise de dados e foco na experiência do visitante/consumidor, a GL reformulou a forma como o público vai interagir com os livros e seus autores na Bienal deste ano, novamente lançando tendências. De acordo com o executivo, ainda haverá ativações como o labirinto de histórias, patrocinado pela Paper Excellence, e o escape room, que leva a assinatura da Estácio e traz enigmas e desafios, espaços sensoriais e cenários interativos. A proposta não é apenas celebrar o livro, mas transformar o festival em um território onde histórias ganham vida.

“Essas entregas só são possíveis porque desenvolvemos um modelo de cocriação com os nossos parceiros. Trabalhamos lado a lado com as marcas e as editoras para encontrar interseções genuínas entre os seus propósitos e os valores do festival. Isso qualifica as ativações e amplia as possibilidades de diálogo com o público, que se reconhece nas experiências oferecidas”, explica Bruno.

Segundo ele, a Bienal do Livro Rio contribui para ampliar a força da cidade no universo literário global como polo de produção de conhecimento e cultura.

“Mais do que produzir um evento, estamos construindo um legado. Acreditamos no poder da literatura para moldar ideias, e desenhamos uma experiência que respeita a tradição do livro ao mesmo tempo em que a projeta para o futuro, com formatos inovadores e mais interatividade. A Bienal do Livro Rio é um símbolo de transformação para o fortalecimento do mercado editorial e da economia criativa, além de um mobilizador muito potente para formação leitora”, completa o executivo.

O evento acontece entre os dias 13 e 22 de junho, no Riocentro, Barra Olímpica da cidade. Mais do que um palco literário, a Bienal – que integra o calendário cultural do país há mais de 40 anos – se consolidou como um polo de negócios e um evento estratégico para a cidade do Rio de Janeiro, movimentando toda a cadeia produtiva do mercado editorial (a área do evento está 30% maior com expositores ampliando seus estandes), além dos segmentos de turismo, serviços e tecnologia. O sucesso do modelo carioca também impactou diretamente outras praças: a Bienal do Livro Bahia, por exemplo, também promovida pela GL events Exhibitions, bateu recordes de público em 2024, com mais de 100 mil visitantes e 800 mil livros vendidos.

“Essa trajetória de inovação contínua tem elevado o patamar da Bienal do Livro Rio e reposicionado o Brasil no circuito global de eventos culturais. Em um país ainda marcado por desafios no acesso à leitura, transformar o livro em protagonista de uma grande celebração popular é um feito que transcende os números. É um projeto de impacto social, cultural e simbólico”, avalia o diretor da GL events Exhibitions.

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