
A terceira edição do Festival Curta! Documentários, apresentado pela Claro, começa nesta segunda (2) e, como nos anos anteriores, durante um mês, oferece gratuitamente ao público um cardápio cinematográfico de alto nível, com a exibição on-line de mais de uma centena de filmes e episódios de séries sobre diversos temas e grandes personagens. É uma oportunidade de conhecer as biografias e as obras de Santos Dumont, Jards Macalé, Zélia Gattai, Sigmund Freud, Miúcha, Hermeto Pascoal, Leonel Brizola, Davi Kopenawa, Arnaldo Antunes, Eduardo Suplicy, Antonio Candido, Heloísa Teixeira, Antunes Filho, Clarice Niskier e Elton Medeiros, entre outros. O patrocínio é da Claro através da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura.
Celebrando o melhor da atual produção audiovisual brasileira, o festival exibe, pelo site, obras que debatem temas relevantes e contemporâneos, resgatam episódios e figuras históricas e apresentam narrativas fundamentais nos campos das Artes e das Humanidades. Os documentários estão distribuídos em duas mostras — Produção Canal Curta! e Outras Janelas — para serem conferidos pelo público de todo o Brasil, que poderá votar em seus favoritos.
Os filmes e séries participantes concorrem a até R$ 170 mil em prêmios, distribuídos por um júri popular e por um técnico, formado por personalidades da cultura que incluem a atriz Marieta Severo, o psicanalista Christian Dunker, a filósofa Sueli Carneiro e o crítico de cinema Inácio Araújo. O festival também conta com o apoio da Start Locadora e da Quanta, que darão prêmios adicionais aos vencedores.
Nesta edição, o festival também planeja eventos presenciais que incluem as esperadas “Salas de Montagem” — sessões de obras em finalização —, masterclasses e painéis sobre o mercado audiovisual. A programação, também gratuita, será divulgada em breve.
“Nesta terceira edição, o Festival chega com novidades, entre elas a Mostra Outras Janelas, que recebeu centenas de inscrições e apresenta novas narrativas ao público. Mas, mais do que nunca, seguimos comprometidos com aquilo que sempre foi nosso propósito principal: dar visibilidade e valorizar o documentário nacional independente. Ao ser gratuito e online, o Festival se torna ainda mais potente, permitindo que pessoas de todo o país participem, votem e, assim, celebrem a força de produções viabilizadas por políticas públicas de fomento”, afirma Juliana Zalfa, coordenadora do evento.
AS MOSTRAS
São 24 títulos de filmes e séries na mostra Produção Canal Curta!. Estão lá histórias como a de artistas modernistas que ajudaram a diplomacia brasileira durante a Segunda Guerra Mundial, no documentário A Arte da Diplomacia, e os bastidores do processo criativo de escritores, músicos e cineastas através de cartas trocadas entre eles na série Caixa Postal. Somos apresentados ao pensamento e às criações de personalidades históricas como Freud (Para Ver Freud) e Santos Dumont (Santos Dumont, o Céu na Cabeça); de nomes do ativismo e da política, como Brizola (Leonel Brizola) e Davi Kopenawa (Watoriki); da literatura, como Zélia Gattai (Zélia – Memórias e Saudades ) e Augusto de Campos (Artéria: Poesia em Revista); e de mulheres inspiradoras como Dandara dos Palmares (Libertárias: Mulheres Inspiradoras na História do Brasil) e Heloisa Teixeira (O Nascimento de H. Teixeira).
Confira todos os títulos: Artéria: Poesia em Revista, de Bruna Callegari; Arte da Diplomacia, de Zeca Brito; Brasil Visual – 2ª temporada (13 episódios), de Rosa Melo; Caixa Postal (sete episódios), de Letícia Simões e Hilton Lacerda; Cinéticas (dez episódios), de Caroline Margoni; Clarice Niskier: Teatro dos Pés à Cabeça, de Renata Paschoal; Dois Sertões, de Vagner Bozzetto; Instantes Cruzados – 2ª temporada (oito episódios), de Sérgio Bloch; Leonel Brizola, de Marco Abujamra; Libertárias: Mulheres Inspiradoras na História do Brasil (oito episódios), de Rodrigo Grota; Na Trilha do Cinema (nove episódios), de Hewelin Fernandes; Na Trilha do Som (oito episódios), de Marcelo Janot; O Menino D’Olho D’Água, de Lirio Ferreira e Carolina Sá; O Nascimento de H. Teixeira, de Roberta Canuto; O Outro Lado da Moeda, de Rogério Pixote e Lívia Maria Cappelari; Para Ver Freud (cinco episódios), de Lyana Peck; Potências da Imagem (cinco episódios), de Eduardo Goldestein e Evângelo Gasos; Santos Dumont, o Céu na Cabeça, de Éder Santos e Monica Cerqueira; Uakti, de Eder Santos; Um Filme Para Beatrice, de Helena Solberg; Watoriki, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha; Zélia – Memórias e Saudades (seis episódios), de Carla Laudari.
As 35 obras – filmes e séries – da mostra Outras Janelas contam, por exemplo, com séries e filmes que refletem sobre a Amazônia (Amazônia – Arqueologia da Floresta), a luta por direitos feministas (Lobby do Batom), o patrimônio histórico e a arquitetura nacional (O Bixiga é Nosso!) e manifestações culturais como teatro de rua (Teatro de rua (r)existe). Também estão lá talentos da música brasileira, como Miúcha (Miúcha, a voz da Bossa Nova) e Elton Medeiros (Elton Medeiros – O Sol Nascerá); das artes, como Hélio Oiticica e Jards Macalé (Macaléia); a intelectualidade de Antonio Candido (O Avô na Sala de Estar: a Prosa Leve de Antonio Candido); e a luta pioneira de mulheres no futebol (As Primeiras).
Confira todos os títulos: Rio, Negro, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa; Lobby do Batom: Memórias para a Posteridade, de Gabriela Gastal; Elton Medeiros – O Sol Nascerá, de Pedro Murad; O Som da Pele, de Marcos Santos; O Bixiga É Nosso, de Rubens Crisipim Jr.; Presença, de Direção Erly Vieira Jr.; Saberes Quilombolas, de Plínio Gomes e Bruno Saphira; Toada para José Siqueira, de Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques; Teatro de rua (r)existe – o filme, de Daniela Israel, Alexandre Vargas; Ouvidor, de Matias Borgström; Acorda, Cajueiro!, de Guga Carvalho; Poemaria, de Davi Kinski; As cores e amores de Lore, de Jorge Bodanzky; O Avô na Sala da Estar: a Prosa Leve de Antonio Candido, de Fabiana Werneck e Marcelo Machado; Antunes Filho – Do Coração para o Olho, de Cristiano Burlan; Quatro dias com Eduardo, de Victor Hugo Fiuza; Um Corpo Só, de Carlos Nazario; Primo da Cruz, de Alexis Zelensky; Mercearias de Beagá, de Marcos Lôndero, Nani Rodrigues; Um Arquivo, Dois Ofícios, de Maria Julia Andrade; Direito de Sonhar, de Theresa Jessouroun; Retomada, de Ricardo Martensen; As Primeiras, de Adriana Yañez; Praia da Saudade, de Sinai Sganzerla; Nossa Pátria Está Onde Somos Amados, de Felipe Hirsch; Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli; Macaléia, de Rejane Zilles; O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo; A Noite das Garrafadas, de Elder Gomes Barbosa; Quantos Dias. Quantas Noites, de Cacau Rhoden; Miúcha, a voz da Bossa Novam de Liliane Mutti; Daniel Zarvos; Amazônia – Arqueologia da Floresta (2ª Temporada), deção Tatiana Toffoli; Sombras Sobre o Continente, de Renato Tapajós, Hidalgo Romero, Julio Matos; Olhares do Norte: Pará,de Adrianna Oliveira, Matheus Almeida do Nascimento, Thiago Pelaes, Fernando Segtowick; Homo Brasilis – 2a temporada, de Bianca Lenti, Guilherme Fernández.
PREMIAÇÃO
As produções participantes do festival concorrem a prêmios que somam até R$ 170 mil, distribuídos por um júri popular e um técnico. Na votação do público, serão eleitos os melhores conteúdos da mostra Outras Janelas nas categorias Artes e Humanidades, que ganharão R$ 10 mil, cada. Haverá também o Prêmio Aquisição Canal Curta!, ao qual serão destinados R$ 30 mil para que a obra vencedora seja exibida no canal promotor do festival, com direitos disponíveis.
Por sua vez, o júri especializado, composto por jornalistas, escritores e personalidades da cultura, escolherá dois conteúdos — um de Artes e outro de Humanidades — da mostra Produção Canal Curta! para receberem R$ 20 mil, a partir de finalistas também indicados pelo Júri Popular, além de destacar uma obra com relevância para o mercado educacional. Parceiros do festival, a Start Locadora e Quanta também irão oferecer prêmios aos vencedores.
O FESTIVAL
O festival busca não apenas premiar, mas também promover e dar visibilidade à produção independente nacional. Durante as últimas edições, o evento conquistou um público expressivo e celebrou documentários como “Àkàrà, no Fogo da Intolerância”, de Claudia Chávez, e “Incompatível Com a Vida”, de Eliza Capai, entre outros grandes vencedores. Passaram pelo júri nomes como o crítico de arte Paulo Sergio Duarte, o escritor Eduardo Bueno e a cineasta Viviane Ferreira, além de Marieta Severo e Christian Dunker, que retornam este ano.
Com exibições democráticas e on-line, o Festival Curta! Documentários reafirma seu papel como um espaço essencial para o fortalecimento do audiovisual brasileiro.