De 30 de maio a 1º de junho, o Centro Cultural São Paulo (CCSP) recebe a 1ª edição do Festival Abya Yala Nagô, evento que tem como objetivo fomentar o cinema negro e indígena na cidade de São Paulo com iniciativas independentes do Brasil e da diáspora africana.

Realizado pela Madrugada Filmes e idealizado pelas cineastas Ana Julia Travia, Icá Iuori, Larissa Cavalcante e Lux Machado, o festival contemplado pela Lei Paulo Gustavo nasce com o compromisso de expandir a visibilidade dessas narrativas no circuito cultural paulistano, com uma programação que fomenta o debate em torno do cinema negro e indígena, trazendo discussões e novas percepções sobre as movimentações culturais racializadas. “Queremos furar a bolha e fazer com que mais pessoas se vejam, se ouçam e se conectem com essas histórias reais, que quase nunca chegam às grandes salas”, explica a direção do projeto.

A programação conta com mostras divididas em três eixos: filmes de São Paulo, filmes de outros estados brasileiros e filmes internacionais, com destaque na presença de produções inéditas no Brasil e a exibição de filmes caribenhos selecionados por Aida Bueno Sarduy, antropóloga afro-cubana, documentarista e professora da Universidade de Nova York.

“O audiovisual negro e indígena é rico e diverso, além de trazer para a superfície uma história não contada sobre a realidade de povos racializados no Brasil e no mundo. O Festival Abya Yala Nagô quer contar esse lado ‘não oficial’ mas que, no fim, é a verdadeira história. Queremos que as pessoas engajem, assistam e consumam cinema independente, criando esse hábito na cidade de São Paulo”, abre Icá Iuori, um dos idealizadores do evento e parte do Madrugada Filmes.

Em seu dia de abertura, o festival traz a mesa “Autonomia Criativa: Empresas Vocacionadas para a Reparação Histórica” conduzida pela cineasta Larissa Barbosa que tem como objetivo trazer à tona o impacto cultural, social e econômico dentro do mercado audiovisual, além da masterclass mediada e realizada pelo Projeto Paradiso, voltada à formação e profissionalização de realizadores audiovisuais. Segundo Larissa, “entender a autonomia enquanto ferramenta de criatividade quando falamos de empresas diversas é fomentar a discussão em torno do impacto que olhares, para além da bolha, trazem para o audiovisual mas, principalmente, colocar isso na prática, de forma a, de fato, criar um movimento de mudança”.

O festival ao longo dos 3 dias conta com debates em torno do Afrofuturismo e Futurismo Indígena, debates posteriores às sessões para discussões sobre as obras transmitidas, além de um pocket dos artistas independentes Sonho, Quixote e Ynã Precioso.

Toda a programação é gratuita e acontece no Centro Cultural São Paulo, na Sala Lima Barreto (Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo, SP).

Serviço
Festival Abya Yala Nagô
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
30 de maio a 1º de junho de 2025
Entrada gratuita
Programação completa: Link

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