(Foto: Cecília Bastos / USP Imagens)

Morreu neste sábado (12) de julho, aos 88 anos (completaria 89 no próximo dia 2 de agosto), o crítico e intelectual Jean-Claude Bernardet, uma das figuras mais influentes do cinema brasileiro. O falecimento foi confirmado pela Cinemateca Brasileira, onde será realizado velório. Nascido na Bélgica, em 1936, ele veio para o Brasil em 1949, onde se naturalizou e construiu uma carreira marcante como ensaísta, professor, roteirista, ator e especialista da sétima arte.

Bernardet enfrentava sérios problemas de saúde nos últimos anos: vivendo com HIV, lidava também com um câncer de próstata reincidente e uma degeneração ocular que prejudicava a visão; optou, porém, por não fazer tratamentos agressivos, como quimioterapias, por exemplo. Segundo informações do jornal O Globo, ele teria sofrido um AVC e estava internado no Hospital Samaritano, em São Paulo.

Mesmo recluso recentemente, manteve presença ativa em projetos culturais, escrevendo, debatendo cinema e atuando. Autor de cerca de 25 livros, como Brasil em tempo de cinema e Autoficções, também trabalhou com nomes como Carlos Reichenbach e Adirley Queirós.

Sua obra transita entre teoria e prática, sendo referência para gerações. Professor na UnB e depois na USP, deixou um legado de formação crítica e criativa. Nos anos 2000, aproximou-se do cinema independente, destacando-se em FilmeFobia, de Kiko Goifman.

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