Rua Aurora – Refúgio de Todos Os Mundos nasceu da vontade do diretor e produtor pernambucano Camilo Cavalcante de conhecer gente e mergulhar em histórias comoventes e de conhecer os diversos mundos que coabitam o centro esquecido da metrópole. Rodada em São Paulo no final de 2021, durante a pandemia de Covid-19, a produção tem a rua presente no título, como cenário e depoimentos de pessoas que vivem nela hoje, como refugiados da Nigéria, da Jamaica, do Senegal e de vários lugares do Brasil. O documentário explora de maneira única a rua paulistana que deu origem ao cinema da boca do lixo e ao cinema marginal.
“Conheci a Rua Aurora em 1999, enquanto filmava o curta-metragem Leviatã e, desde então, comecei a nutrir um interesse em escutar as histórias de vida das pessoas que ali trabalham, habitam e trafegam. São pessoas muitas vezes invisibilizadas pela sociedade, mas que têm uma trajetória de vida marcada pela capacidade de se reconstruir perante as dificuldades da sobrevivência”, explica Camilo.
Para o cineasta, o que se passa na Rua Aurora é reflexo de uma realidade nua e crua. “Essas histórias espelham de forma profunda a realidade brasileira e dos diversos migrantes que tentam reconstruir sua vida no centro de uma das maiores cidades do mundo”, explica o realizador. Rua da Aurora – Refúgio de Todos os Mundos contempla o espectador com 94 minutos de depoimentos tão reais quanto emocionantes.
Ficha Técnica
RUA AURORA – REFÚGIO DE TODOS OS MUNDOS
Brasil, 2023, 94 min, 18 anos
Produzido e Dirigido por Camilo Cavalcante
Roteiro: Eli Ramos e Camilo Cavalcante
Produção Executiva e Direção de Produção: Alba Azevedo e Eduardo Lurnel
Direção de Fotografia: Beto Martins
Som Direto: Moabe Filho
Montagem: Fernando Coster
Pesquisa: João Paulo Soares e Guilherme César
Trilha Sonora Original: Amaro Freitas
Edição de Som: Catarina Apolônio
Mixagem: Gera Vieira
Assistente de Direção: Marco Escrivão
Assistente de Produção: Renata Jardim
Design Gráfico: Marcelo do Ó
Distribuição: Lira Filmes
Sinopse: Na cidade de São Paulo, acompanhamos pessoas de mundos diferentes que habitam uma mesma rua, no centro esquecido da metrópole, onde a vida pulsa de forma latente e se reconstrói a cada dia. Migrantes de várias partes do mundo e de diferentes regiões do Brasil contam suas histórias, revelando um mosaico humano que reflete suas experiências, pontos de vista, lutas, angústias e superações. A vida no fio da navalha da selva de pedra, onde um sonho morre em uma esquina e renasce na outra, na projeção das reminiscências de uma rua que carrega a intensa complexidade da existência; mais do que um documentário sobre uma rua, esse filme fala de pessoas que, na maioria das vezes, são invisibilizados e têm sua voz silenciada.
