(Foto: Divulgação/ Casa Futura/ Canal Futura)

A Casa Futura, uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho, abre as portas em Belém com uma programação especial para o mês de outubro. Localizado na região central da capital paraense, o espaço convida moradores e visitantes a debaterem temas atuais à luz das discussões sobre mudanças climáticas, em preparação para a COP 30, em novembro.

Algumas atividades já começaram: desde 22 de setembro, vinte jovens paraenses selecionados pelo Canal Futura participam do programa Geração Futura, uma imersão audiovisual de duas semanas que proporciona vivência nos bastidores da televisão — da criação de roteiros e produção à gravação, edição e exibição de programas. A partir do dia 15 de outubro, a Casa Futura vai sediar uma série de oficinas abertas ao público. Para participar, basta fazer inscrição de forma gratuita. Os encontros estão organizados em três eixos: proteção integral de crianças e adolescentes, educação para as relações étnico raciais e diversidade e inclusão. A programação completa e as inscrições podem ser feitas pelo site.

A Casa Futura leva a essência dos conteúdos, projetos e metodologias do Canal Futura para a região Norte do Brasil. Durante três meses, o local sediará uma série de atividades produzidas em parceria com organizações locais, abordando educação, cultura e qualificação profissional.

“Trata-se de um espaço de encontros, trocas e formação, reafirmando o compromisso do Futura com a valorização dos saberes locais. Junto a parceiros da região, vamos promover oficinas e atividades culturais ao longo da programação. Também teremos estreias especiais nas telas do Futura”, conta a supervisora do Canal Futura, Mariana Seivalos.

Ela adianta algumas novidades que o público poderá conferir, em breve, no canal. “Vamos ter a nova temporada do Caça Joia – Especial Belém, revelando talentos da música amazônica; o documentário Amazônia Urbana, dirigido por cineastas paraenses; uma nova temporada do Tem Clima pra Isso e a segunda temporada do Manual de Sobrevivência para o Século XXI, com Marcos Palmeira. Tudo isso em sintonia com a chegada da COP30, reforçando nosso papel na construção de um futuro mais justo e sustentável” destaca Seivalos.

“A Casa Futura é um espaço feito para os belenenses. Nos próximos meses, receberá uma programação que conecta as temáticas do Futura e da Fundação Roberto Marinho ao diálogo com o território. Teremos oficinas, lançamentos de filmes e rodas de conversa sobre sustentabilidade e mudanças climáticas, entre outras atividades. É uma agenda aberta a todos: juventudes, educadores, instituições locais e quem mais quiser estar conosco nesse espaço de trocas e saberes”, afirma Vanessa Ronchi, líder de projetos da Fundação Roberto Marinho e responsável pela Casa Futura.

“Levaremos para a Casa Futura quatro oficinas do projeto Crescer sem Violência, que vão abordar temas como educação sexual, proteção e segurança digital, saúde socioemocional e a proteção integral das adolescências. Todas elas dialogam diretamente com as pautas de justiça climática e social que estarão em evidência na COP30”, explica Priscila Pereira, coordenadora do Crescer sem Violência. A iniciativa do Canal Futura existe desde 2009 e atua na mobilização de famílias, educadores e de toda a sociedade com o objetivo de combater as diversas violências que vitimizam crianças e adolescentes no país.

Para Priscila, incluir esse debate na agenda climática é essencial, já que a crise no clima amplia as vulnerabilidades que expõem meninas e meninos a diferentes formas de violência. Ela observa ainda que grandes eventos, por atraírem milhares de visitantes, costumam intensificar essas violações. Por isso, destaca, é fundamental pautar essa discussão em Belém e na COP30. “É preciso que a agenda climática também seja uma agenda de direitos humanos, com crianças e adolescentes reconhecidos como sujeitos centrais na construção de um futuro sustentável e justo”, defende.

A Casa Futura também oferece uma programação especial voltada a professores e educadores sociais, a partir do A Cor da Cultura — programa de valorização do patrimônio histórico e cultural afro-brasileiro e indígena com mais de 20 anos de existência. Estão previstas duas edições da oficina “Corpo que Ensina, Território que Aprende”, que destaca a vivência e os saberes indígenas no processo de aprendizagem, além de duas edições da formação “Diário de Bordo: narrativas insulares ribeironas”, dedicada às múltiplas formas de construir e compartilhar narrativas. Os encontros serão realizados em parceria com atores e instituições locais.

O terceiro eixo temático vai tratar de temas ligados à convivência, diversidade e inclusão, com foco em práticas educativas que promovem respeito, equidade e ambientes de aprendizagem mais seguros e plurais. Serão quatro oficinas realizadas a partir do conteúdo e metodologia do projeto Maleta Conviver, do Futura. Elas abordarão a convivência nos contextos educativos, trazendo reflexões sobre desafios socioemocionais, ambientais e de prevenção de conflitos; as práticas de comunicação inclusiva para ampliar a participação de pessoas com deficiência; a desconstrução de padrões nocivos de masculinidades; além de recursos pedagógicos para enfrentar a LGBTfobia e apoiar a construção de espaços de aprendizagem mais seguros, plurais e afirmativos.

Thyago Corrêa, líder de projetos da Fundação Roberto Marinho, ressalta que o envolvimento de professores, educadores sociais e lideranças do território nas atividades é estratégico para que o conteúdo seja multiplicado e alcance mais pessoas. “A expectativa é que levem as metodologias e reflexões para criar ações coletivas em espaços escolares, familiares e comunitários, transformando o aprendizado em práticas que valorizem a diversidade, fortaleçam o respeito às diferenças, incentivem a convivência democrática e contribuam para a prevenção de violências. O impacto vai além da formação, reverberando no fortalecimento das redes educativas locais e na construção de uma educação inclusiva e transformadora”, conclui.

Este projeto faz parte do Plano Plurianual do Canal Futura, viabilizado pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), por meio da Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais, apresentado pelo Ministério da Cultura.

Serviço
• Casa Futura | Av. Nossa Senhora de Nazaré, nº 280, Nazaré, Belém (PA).
• Programação e informações: https://futura.frm.org.br/projeto/casa-futura
• Data das oficinas: entre 15 e 23 de outubro

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