Análises e Dicas #995 – Questão de Honra (A Few Good Men) – #RIPRobReiner

– Sinopse: Dois fuzileiros navais são acusados do assassinato de um colega na base de Guantánamo. Durante o julgamento, o jovem advogado e a tenente que assumem a defesa confrontam a rígida hierarquia militar e ordens não oficiais. O caso expõe abusos de poder, códigos de silêncio e conflitos morais, culminando em um embate explosivo no tribunal. Disponível na HBO Max.

– Análise rápida: Rob Reiner adota uma direção clássica e funcional, priorizando a clareza narrativa e o desenvolvimento dramático dos personagens. Sua encenação evita firulas visuais e trabalha a mise-en-scène de forma econômica, permitindo que o conflito central emerja principalmente por meio dos diálogos e das relações de poder. Para isso, estrutura o filme em dois movimentos distintos: a investigação inicial, marcada por ritmo mais solto e tom quase cético; e o julgamento, onde a narrativa se torna progressivamente mais rígida e confrontacional. Essa mudança reflete a transformação do protagonista, que passa de um advogado descompromissado para alguém confrontado por responsabilidades éticas reais. O elenco é conduzido de maneira a ter a hierarquia militar não apenas como um tema, mas um elemento de organização do longa. Tom Cruise trabalha constrói um arco de amadurecimento progressivo; Demi Moore assume a função estrutural de contraponto ideológico e disciplinar; Jack Nicholson, por sua vez, é enquadrado como força simbólica do sistema, mais do que como antagonista individual. O resultado é um drama jurídico que se sustenta menos em reviravoltas e mais na exposição gradual de estruturas de poder e responsabilidade. Reiner transforma o texto de Aaron Sorkin em um exercício de confronto institucional, onde a direção serve ao discurso, e não o contrário.

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