Análises e Dicas #972 – Chespirito: Sem Querer Querendo (Chespirito: Sin Querer Queriendo)
– Sinopse: Baseada em autobiografia homônima, acompanha a trajetória do humorista mexicano Roberto Gómez Bolaños, o eterno Chaves e Chapolin, desde a juventude até se tornar um ícone da televisão mundial. Mergulha nas relações que moldaram suas obra, vida íntima e até a personalidade. Original HBO Max, tem oito episódios com durações entre 43 e 50 minutos cada.
– Análise rápida: Emocionante, detalhada e, por vezes, melancólica sobre o universo por trás do riso. Caprichada em design de produção, emulando estética, cenários, figurinos e comportamentos típicos dos anos 1970 com extrema acuidade, tem como ponto fraco a vilanização das representações de Carlos Villagrán e Florinda Meza: no primeiro, não busca traços de humanização; na segunda, abusa da caricatura e do ar novelesco. Também escorrega um pouco ao tentar forçar a fuga do endeusamento a #Chespirito. Ao apostar, coerentemente, em um retrato multifacetado (o gênio criativo, o chefe exigente – principalmente consigo próprio – o marido apaixonado, o homem repleto de dúvidas), acaba, em certos momentos, transformando-o em uma “marionete”, coisa que nunca fora. Apenas nos palcos e telas, claro. Ainda assim, acerta mesmo errando: por mais que tenha sido escrito por Paulina e Roberto, filha e filho do comediante, o roteiro não foge de polêmicas, como disputas contratuais, rusgas internas, dramas familiares e brigas de bastidores, o que torna o retrato mais honesto. Os diálogos vêm carregadíssimos de frases de efeitos e referências às obras e às centenas de personagens criadas pelo biografado. Há momentos em que tal artifício fica até “lúdico demais”, fora de contexto, mas percebe-se a melhor das intenções: não deixar nada escapar. Uma produção que tira MUITAS LICENÇAS FICCIONAIS, mas nos faz rir, chorar e refletir sobre o impacto cultural duradouro das criações de Gómez e os bastidores da fama, sem nunca perder o “amarelo” coração latino que bate forte em cada episódio e ainda traz consigo um “CH” bem grande no meio!
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