Análises e Dicas #955 – Sem Chão (No Other Land)
– Sinopse: A improvável amizade entre um jornalista israelense e um ativista palestino cresce quando o primeiro passa a entender o modus operandi do governo israelense em conter a população árabe em um território compartilhado por ambos: usar o exército para destruir casas e roubar terras todos os dias. Ainda indisponível no Brasil.
– Análise rápida: O poderio militar de Israel não é utilizado apenas como resposta às pessoas que insistem no antissemitismo para segregar judeus na infinita xenofobia que afeta o planeta Terra. Serve, também, para que tal povo, que deveria ser desmunido de preconceitos e ter respeito à própria história, quando, desde o Século I, precisou ser nômade para não sofrer diante da discriminação, usa a palavra de Deus para agir da mesma forma truculenta e intolerante sofrida, inclusive, na Segunda Guerra Mundial, quando foi dizimada pelo naz1smo na Europa; serve, também, para expulsar famílias que, há séculos, habitam a Cisjordânia, impondo a pobreza, a falta de teto, de condições mínimas de sobrevivência e até mesmo de água para expulsá-las do local. Com a desculpa de se apoderar da região para usá-la como região de treinamento militar, uma cortina de fumaça à própria ideologia unicamente exclusiva e repressora, destrói lares, escolas, poços d’água e, aos poucos, minam aquela população apenas pelo prazer de se livrar de árabes. No mínimo, a hipocrisia, sem citar a injustiça, o desrespeito, a falta de compaixão e de empatia, além da imensa brutalidade de jogar povo contra povo usando as diferenças étnicas e religiosas como preceito e utilizando-se da brutalidade, inclusive com armas de fogo, para violentarem seres humanos que só queriam um lar para viverem em paz. Perde meia batata apenas por, talvez (e, repito, TALVEZ), alongar-se em cenas de muito sofrimento. Pois é perfeito, filmado com muito afinco e coragem, principalmente por um habitante que sofre as consequências diárias diretas de tal crueldade, e editado com a competência de quem sabe contar uma estória entendendo o valor de sua própria História, ao contrário de certos vândalos fardados.
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