Análises e Dicas #929 – Emilia Pérez
– Sinopse: O chefe de um cartel de drogas no México realiza dois desejos: deixar a vida fora da lei e se tornar mulher. Porém, livrar-se do passado com esposa e filhos se torna algo difícil com o tempo e a vida volta para lhe cobrar. Em breve, provavelmente, na Netflix.
– Análise rápida: Números musicais que poderiam ser resumidos em dois ou três diálogos; outros, constrangedores, cafonas e 100% descartáveis; fotografia escura em algumas ocasiões; letras de músicas com contexto questionável; Selena Gomes (e falo isso desde a primeira temporada de Only Murders In The Building) não convence como atriz; um filme sobre o México, rodado na França, com boa parte do elenco Hollywoodiano; um diretor xenófobo e preconceituoso, como a protagonista, trans, que deveria conhecer a vida de bullying/violência e servir de bom exemplo, mas falhou miseravelmente. Nem tudo, porém, é descartável. A edição, por exemplo, faz milagre com uma fotografia de pouquíssima ousadia, embelezando bons momentos musicados e fazendo contrastes entre personagens e seus pensamentos (concreto com abstrato). O argumento também é sólido: todo ser humano merece ser o que é, ou o que deseja/sonha em ser e, assim, encontrar a felicidade dentro de si sem passar julgamento de semelhantes, pois somos IGUAIS perante Deus. E o roteiro, interessante, apesar de um pouco indeciso quanto a um propósito, busca fechar pontas mostrando que é possível tentar ignorar o passado, sim, mas impossível não o ter como base para presente e futuro: tudo serve de lição e pode voltar para assombrar-nos. Mudar de sexo, é fácil; mudar de caráter, vai de cada um, mas é muito mais complicado. Superestimado pela Academia, sim, e não chega nem perto da concorrência. Ponto alto: Zoe Saldaña, em uma personagem de camadas, mostrando talento em suspense, drama, canto e dança!
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