
A Warner Bros. Discovery anunciou, na manhã desta quarta-feira (17), que rejeitou a oferta hostil de aquisição apresentada pela Paramount Skydance, reforçando seu compromisso com o acordo previamente firmado com a Netflix para a venda dos seus estúdios e serviços de streaming.
A proposta da Paramount, avaliada em cerca de US$ 108,4 bilhões (R$ 592 bilhões) com pagamento à vista de US$ 30 por ação, foi considerada arriscada pelos diretores da Warner. Eles argumentam que o financiamento é incerto, que a oferta pode ser alterada ou retirada, e que os termos imporiam custos e riscos significativos aos acionistas, incluindo multas e despesas financeiras extras caso o negócio com a Netflix não fosse concluído.
“Acreditamos que nossa fusão com a Netflix represente ganhos superiores e mais certeiros para os nossos acionistas, e estamos ansiosos para apresentar os benefícios atrativos dessa combinação”, comunicou Samuel A. Di Piazza, Jr., um dos diretores da Warner Bros. Discovery em nota oficial ao The Hollywood Reporter.
O que é uma oferta hostil?
No jargão mercadológico, uma oferta hostil de aquisição acontece quando uma empresa tenta comprar outra diretamente dos acionistas, sem o apoio ou aprovação prévia da diretoria da empresa alvo. É como bater à porta dos donos em vez de negociar amavelmente com quem já está no comando. O objetivo é convencer os acionistas de que a proposta é ótima para eles — mesmo que o conselho da empresa alvo discorde.
No caso da Warner, a diretoria recomendou aos acionistas que rejeitem a oferta da Paramount e mantenham o caminho traçado com a Netflix, que já havia sido anunciada como compradora dos ativos mais valiosos da companhia em um acordo avaliado em cerca de US$ 82,7 bilhões (R$ 448 bilhões).
Reação do mercado
Após a recusa da Warner, as ações da Paramount Skydance caíram mais de 4%, refletindo desapontamento dos investidores com a rejeição da oferta. As ações da própria Warner também tiveram leve queda, enquanto os papéis da Netflix subiram, numa reação típica a notícias que fortalecem o caminho de fusões e aquisições previamente acordadas.
Do ponto de vista estratégico, essa disputa bilionária não é só sobre dinheiro. Trata-se de quem terá controle criativo e comercial sobre algumas das franquias mais valiosas do cinema e da TV mundial; um capítulo digno de roteiro hollywoodiano.





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