Cena do curta ‘Amarela’, vencedor do Prêmio Canal Brasil de Curtas (Foto: Reprodução/ Divulgação/ MyMama Entertainment)

A noite de sexta-feira (29), marcou a cerimônia de premiação do 36º Festival Internacional de Curtas de São Paulo – Kinoforum, realizada na Sala Grande Otelo da Cinemateca Brasileira. O evento celebrou os destaques entre os 253 filmes exibidos nesta edição, provenientes de 60 países, e reconheceu a diversidade da produção contemporânea com prêmios concedidos por júris especializados, parceiros institucionais e pelo público.

Na cerimônia, foi anunciado que, a partir de 2026, o Kinoforum oferecerá o Prêmio Zita Carvalhosa de melhor curta-metragem brasileiro em estreia nacional, com intenção de seguir apoiando talentos do curta brasileiro, consolidar o evento como palco do lançamento de curtas e celebrar de forma contínua o legado da idealizadora e fundadora do festival, Zita Carvalhosa.

Prêmio Revelação, voltado a jovens talentos do audiovisual brasileiro, foi entregue a Malmequer, de Maria Julia Gonçalves, que receberá uma ampla rede de apoios em serviços e equipamentos para a realização de um novo curta-metragem. Já o Prêmio Canal Brasil de Curtas, no valor de R$ 15.000,00 e contrato de licenciamento, foi concedido a Amarela, de André Hayato Saito, que também foi selecionado pelo Canal Curta!/Porta Curtas, ao lado de A Carta de Mudan e as Oito Primaveras, de Pedro Nishi, e Janete, de Rebecca Cerqueira.

TV Cultura premiou Passa a Bola, de Guilherme Falchi, com menções honrosas para Da Viela pra Cá, de Mayra Russo, e Devaneio, de Thomaz Zona. O SescTV entregou prêmios aquisição a Benedita, de Lane Lopes e Cadu Azevedo, e MDB, de Milagros Aquilia. O CineSolar escolheu Vozes do Mangue, de JP Resende, que passará a integrar por um ano o circuito do primeiro cinema itinerante movido a energia solar do Brasil. Já o prêmio-aquisição da plataforma Todes Play foi para Americana, de Agarb Rocha, enquanto o Porta Curtas escolheu para uma proposta de licenciamento os filmes A Cabana, de Barbara Sturm, A Carta de Mudan e as Oito Primaveras, de Pedro Nishi e Janete, de Rebecca Cerqueira.

Prêmio API – Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro foi para Serviço Funerário para Você, de María Salafranca, da Mostra Latino-Americana, e Os Pomares, de Antoine Chapon, da Mostra Limite. Os Troféus Borboleta de Ouro, concedidos pelo Cineclube LGBTQIAP+, destacaram Um Dia Esse Menino, de Alexander Farah (estrangeiro) e Fronteriza, de Rosa Caldeira e Nay Mendl (nacional); já o prêmio especial foi para Leona Vingativa, de Americana, de Agarb Rocha.

Na categoria de animação, o Troféu Kaiser – Destaque ABCA foi para Brincando de Deus, de Matteo Burani, enquanto Safo, de Rosana Urbes, recebeu menção honrosa. O Prêmio Audiovibes – Melhor Trilha Sonora de Curta Brasileiro premiou Kabuki, de Tiago Minamisawa, com menções honrosas para O Céu Não Sabe Meu Nome, de Carol AÓ; A Nave que Nunca Pousa, de Ellen Morais; Quase Trap, de Filipe Barbosa; e Bela LX-404, de Luiza Botelho.

Entre os prêmios de formação e desenvolvimento, o Kinoforum Labs – Do Curta ao Longa destacou Peixes Artificiais, de Renato José Duque, enquanto a Incubadora Kino premiou O Vulcão, de Kimberly Palermo. No WIPKINO – Laboratório de Montagem, o vencedor foi Passado e Presente, de Filipe Barbosa.

Com a entrega dos prêmios, o 36º Festival Internacional de Curtas de São Paulo reafirma seu papel como espaço de descoberta, incentivo e valorização de novas vozes do audiovisual, promovendo o encontro entre artistas, público e a cadeia produtiva do cinema.

A programação do festival segue até domingo, 31 de agosto, com sessões especiais que reúnem os favoritos do público. Entre os 10+ Brasil, serão exibidos A Tragédia da Lobo-Guará, de Kimberly Palermo; Amarela, de André Hayato Saito; Arame Farpado, de Gustavo de Carvalho; Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro; Meu Pedaço de Mandioca, de Raíssa Castor; Minha Câmera É Minha Flecha, de Natália Tupi; Peixe Morto, de João Fontenele; Picumã, de Sladká Meduza; Safo, de Rosana Urbes; e Sebastiana, de Pedro de Alencar. Já entre os 10+ Estrangeiros, o público poderá rever Ascensão e Queda de Zara Zilverstein, de Brian Kazez; Autokar, de Sylwia Szkiladz; Brincando de Deus, de Matteo Burani; E Se Uma Bomba Cair Hoje Aqui?, de Samir Syriani; Kotowari, de Coralie Watanabe Prosper; O Rio de Janeiro Continua Lindo, de Felipe Casanova; Petra e o Sol, de Malu Furche e Stefania Malacchini; Pulgas, de Jordy Sank; Serviço Funerário Para Você, de María Salafranca; e Só Me Deixem Dançar, de Lou Zidi.

Além das salas de cinema, o 36º Festival Internacional de Curtas de São Paulo também se estende para o ambiente online, ampliando o alcance da programação e permitindo que o público de todo o Brasil acompanhe a seleção de filmes sem sair de casa. Até o dia 7 de setembro, parte das mostras estará disponível gratuitamente nas plataformas Itaú Cultural Play (itauculturalplay.com.br), Porta Curtas (portacurtas.org.br), Sesc Digital (sesc.digital), Spcine Play (spcineplay.com.br) e TodesPlay (todesplay.com.br), reforçando o compromisso do festival com a democratização do acesso ao cinema.

36° Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo é uma realização da Associação Cultural Kinoforum, sob a coordenação executiva de Vania Silva e a coordenação de programação de Marcio Miranda Perez. O evento conta com patrocínio por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, da Spcine, do Itaú e da Prudence. A realização é da Associação Cultural Kinoforum, em parceria com a Cinemateca Brasileira, o SESC – Serviço Social do Comércio e o Museu da Imagem e do Som (MIS).

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