Cena do curta ‘Amarela’ (Foto: Reprodução/ Divulgação/ MyMama Entertainment)

Um dos grandes favoritos a representar o Brasil na disputa do Oscar 2026 na categoria curta-metragem de ficção, Amarela chega à São Paulo como um dos destaques do Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo. Dirigido por André Hayato Saito e produzido por Mayra Faour Auad e Gabrielle Auad (MyMama Entertainment), o filme integra a Mostra Brasil e será exibido em duas oportunidades: no dia 22 de agosto, na Cinemateca Oscarito, e no dia 24, no Cinesesc.

Esta será a primeira oportunidade para o público paulistano assistir ao filme, que concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2024 e conquistou os prêmios de Melhor Curta de Ficção no Festival de Havana, Melhor Curta de Drama no Chicago Southland International Film Festival, Melhor Curta no Hollywood Shortsfest e o Grand Prix no Festival Tous Courts. Amarela teve ótima recepção do público em sua jornada pelo circuito de festivais, sendo exibido em mais de 90 festivais, em 35 países.

“São Paulo é o epicentro da comunidade japonesa no Brasil e o cenário onde Amarela foi filmado. É um privilégio trazer ao público paulistano uma história que reflete sobre as dores de uma das etnias mais importantes na história da cidade, e cujo grito represado por representatividade, pertencimento e respeito às nossas individualidades e ancestralidades merece ser ouvido”, afirma Saito.

O filme marca a estreia no cinema da cantora Melissa Uehara, que interpreta Erika. Sua atuação, descrita como comovente e impressionante pela crítica, lhe rendeu os prêmios de Melhor Atriz nos festivais Alice nella Città (Itália), Aguilar Film Festival (Espanha) e Hollywood Shortsfest (Estados Unidos).

“Estamos muito felizes em ver, após um ano, nosso Amarela chegar finalmente a São Paulo, especialmente para o Kinoforum, um festival que sempre inspirou e fortaleceu o nosso cinema. Estar nesta edição é também uma maneira especial de lembrar e homenagear Zita Carvalhosa, diretora do festival, que dedicou a vida ao curta-metragem e deixou um legado imenso para o cinema brasileiro. Aproveito para agradecer aos produtores executivos e associados que nos ajudaram a chegar até aqui: Rodrigo Pasianotto, Jacqueline Sato, Nelson Sato, Ilda Santiago, Alejandro Saevich, João Da Terra, Stefan Kozak, Ana Kozak e Fernando Camargo”, celebra Mayra Faour Auad.

Cena do curta ‘Amarela’ (Foto: Reprodução/ Divulgação/ MyMama Entertainment)

Com um impacto social que transcende às telas, Amarela foi objeto de estudo por acadêmicos no Colóquio Internacional “Do Japão ao Brasil e vice-versa: perspectivas históricas e estéticas de um cinema diaspórico”, realizado na Universidade de Lyon, uma das instituições de ensino mais prestigiadas da Europa, integrando discussões acadêmicas sobre cinema, migração e identidade da diáspora japonesa no Brasil. O filme foi abordado ainda em questão no vestibular da UNESP, impactando diretamente milhares de estudantes.

Além da participação no Kinoforum, Amarela fortalece seu status como um dos favoritos a representar o Brasil no Oscar 2026 com a seleção para HollyShorts, festival realizado em Los Angeles desde 2005, e um dos cinco festivais importantes que qualificam diretamente seus vencedores à disputa do prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas americana.

Sinopse
São Paulo, julho de 1998. No dia da final da Copa do Mundo contra a França, Erika Oguihara, uma adolescente nipo-brasileira que rejeita as tradições de sua família japonesa, está ansiosa para comemorar um título mundial pelo seu país. Em meio a tensão que progride durante a partida, Erika sofre com uma violência que parece invisível e adentra em um mar doloroso de sentimentos.

Amarela é o ponto de partida para o primeiro longa-metragem do diretor, ‘Crisântemo Amarelo’, que está em processo de captação e foi selecionado para o Torino Feature Lab 2024, onde ganhou o prêmio de produção.

Produzido por uma equipe majoritariamente brasileira com ascendência asiática, “Amarela” marca a estreia nas telas da jovem protagonista nipo-brasileira Melissa Uehara. O filme teve produção de Mayra Faour Auad e Gabrielle Auad, coprodução de André Hayato Saito e Tati Wan, direção de fotografia de Hélcio Alemão Nagamine, direção de arte de Luana Kawamura Demange, montagem de Caroline Leone, elenco por Gy Ogata, figurino de Yuri Kobayashi, trilha sonora original de Dudu Tsuda e Lilian Nakahodo, produção executiva de Rodrigo Pasianotto, Jacqueline Sato, Ilda Santiago, Alejandro Saevich, João Da Terra, Stefan Kozak e Ana Kozak, direção de produção de Toti Higashi, produtores associados Nelson Sato and Fernando Camargo, em associação com Fernanda Takai, Madre e Sato Company e produção MyMama Entertainment

Serviço Kinoforum:
22/08 – 18h00 – Cinemateca Oscarito (Largo Sen. Raul Cardoso, 207)
24/08 – 17h00 – Cinesesc (R. Augusta, 2075)
Ingressos: Gratuitos, retirados nas salas 1 hora antes da exibição

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