O cinema é uma das grandes ferramentas para transmitir valores universais. Com este entendimento, a Lumine, produtora e plataforma de streaming com identidade católica que vai além do conteúdo religioso, propõe-se a identificar e discutir similaridades em filmes de diferentes épocas. Como o clássico japonês Pai e Filha (1949), de Yasujiro Ozu, por exemplo, se relaciona com os contemporâneos Dias Perfeitos (2023), de Wim Wenders, e Aqui (2024), de Robert Zemeckis?

As três obras se destacam por retratar a força do cotidiano e a história de homens comuns. Mas, para compreender profundamente tais mensagens, é preciso um olhar atento e analítico sobre uma série de decisões narrativas e artísticas de cada obra. Não basta apenas manter o hábito de maratonar diferentes produções apenas como forma de entretenimento. E, para isso, nada melhor do que tornar a experiência do cinema, sempre tão individual, coletiva, analisando grandes obras ao lado de pessoas que compartilham os mesmos valores.

O fundador Matheus Bazzo explica que, em 2025, decidiu-se que não basta oferecer opções para que filmes com temáticas que impactem a vida das pessoas sejam assistidos. De acordo com ele, é necessário criar um espaço para analisar criticamente os filmes disponíveis na Lumine e em outras plataformas para aumentar a compreensão sobre seus significados. “Grandes filmes são mais do que entretenimento. Eles revelam verdade se você souber ver”, afirma.

Com este objetivo, nasceu o Farol, espaço criado pela Lumine que funciona no formato de um cineclube, mas vai além de iniciativas convencionais. Mais do que promover encontros sobre os aspectos técnicos dos filmes, o projeto busca tratar dos aspectos temáticos, culturais e simbólicos.

Debates sobre arte, vida e fé
O primeiro encontro, por exemplo, trouxe os filmes O Rei dos Reis (1927), de Cecil B. DeMille, O Evangelho Segundo São Mateus (1964), de Pier Paolo Pasolini, e A Paixão de Cristo (2004), de Mel Gibson, com o objetivo de discutir os desafios artísticos de retratar Jesus Cristo no cinema. Além de falar sobre as obras, foram debatidas questões como a história deste tipo de produção, sua evolução e as diferenças de cada época.

No segundo, o tema era “A força do cotidiano e a história de homens comuns” e foram analisados filmes dos diretores Yasujiro Ozu, Wenders e Zemeckis, reconhecidos por retratar com sensibilidade a vida comum e os gestos ordinários do dia a dia.

Como participar
Em agosto, as análises serão sobre “Vida dos Santos e Mártires” e “Os tipos de herói no cinema e o lançamento de Superman”. Em setembro, as discussões giram em torno de “O papel do homem e a virtude da fortaleza no cinema de John Ford” e “A origem católica do cinema moderno”. Já em outubro, estão previstas três edições: “Grandes adaptações literárias”, “Anjos e Demônios no cinema” e “Fé e esperança em tempos de crise”.

Os encontros ocorrem de forma quinzenal e têm duas horas de duração. Mais informações pelo site www.farolcineclube.com.br/.

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