(Foto: Divulgação / Bienal do Livro Rio / Filmart)

A 22ª edição da Bienal do Livro Rio, realizada entre os dias 13 e 22 de junho pela GL events e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), movimentou R$ 1,18 bilhão para a economia do estado do Rio de Janeiro, o equivalente a 0,10% do PIB fluminense. Os números, que fazem parte de uma pesquisa inédita realizada pelo Ibmec, mostram ainda que 62% dos visitantes são moradores da capital, 29%, de outras cidades do estado e 9%, turistas de outras regiões do Brasil.

“A pesquisa revela que a Bienal do Livro Rio, que já estava entre os quatro maiores eventos do Rio, é não só um Patrimônio Cultural Imaterial da cidade, mas um importante ativo de desenvolvimento econômico, social e cultural do Estado do Rio de Janeiro. Os eventos – tanto os de público final quanto os técnico-científicos e de negócios – têm papel de serem uma espécie de molas propulsoras da economia, capazes de impulsionar diretamente diversos setores. Nesta edição da Bienal, de acordo com a pesquisa, o comércio foi o mais aquecido no período, com um incremento de R$ 553 milhões, seguido pelos segmentos de hospedagem (R$ 200 milhões) e alimentação (R$ 163 milhões). Também registraram impacto expressivo as áreas de cultura (R$ 137 milhões) e transporte (R$ 126 milhões)”, destaca Milena Palumbo, CEO da GL events na América Latina.

A GL events se posiciona como parceira estratégica dos destinos onde atua, seja desenvolvendo eventos próprios, como a Bienal do Livro Rio, ou atraindo eventos nacionais e internacionais para os espaços sob sua gestão. No Rio, a multinacional opera o Riocentro e a Farmasí Arena, ambos na Barra Olímpica.

Ao apresentar um conceito inédito de Book Park, a Bienal do Livro Rio transformou o Riocentro num imenso parque literário, onde as histórias ganharam vida por meio de ativações culturais, experiências imersivas e programação interativa para todas as idades. A proposta reforçou o caráter democrático, inclusivo e diverso da Bienal, que baseada em estudos sobre os hábitos de consumo e os interesses do leitor conseguiu atrair um público variado e proporcionar uma experiência única e acessível.

O resultado foi uma Bienal de recordes. Foram mais de 740 mil pessoas e 6,8 milhões de livros vendidos, um crescimento de 23% em relação a 2023. Mais de 700 expositores participaram da festa literária. Ainda de acordo com o levantamento do Ibmec, a estimativa é que os gastos diretamente associados ao evento tenham sido de R$ 589 milhões. Valor próximo à estimativa que a Prefeitura do Rio divulgou (R$ 535,4 milhões) na tarde do último dia do festival.

“A Bienal é uma programação que atrai cada vez mais o público jovem, 81% têm até 34 anos. São pessoas ávidas pela leitura, que vão até lá para comprar os livros que desejam. Boa parte mora no estado, mas há um destaque interessante entre os que vivem fora do município do Rio. Entre eles, 76% afirmaram que a Bienal foi o principal motivo para visitarem a cidade, o que podemos chamar de turistas literários. Consequentemente, todo esse movimento impacta a economia dentro e fora dos pavilhões, desde a venda de livros até o aquecimento no mercado hoteleiro da cidade”, analisa Samuel Barros, reitor do Ibmec Rio de Janeiro e coordenador técnico da pesquisa.

A pesquisa conduzida pelo Ibmec apontou ainda que, entre os visitantes de fora do município, 62% disseram que certamente retornariam à cidade nos próximos 12 meses, devido à boa experiência que tiveram. Os pesquisadores entrevistaram 2.897 pessoas durante o evento. O intervalo de confiança médio do estudo é de 95%.

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