
De 5 a 10 de agosto, Belo Horizonte recebe a 3ª edição do FENDA – Festival Experimental de Artes Fílmicas, evento que se consolida como referência no circuito audiovisual brasileiro ao reunir obras que exploram as bordas e as potências das artes fílmicas experimentais. Com entrada gratuita, a programação acontece no Cine Santa Tereza e no Centro Cultural Vila Marçola, com uma proposta que une 17 sessões de cinema em DCP, Super 8 e 16mm, além de performances com projeções analógicas, música, pintura, poesia, uma oficina prática e uma sessão ao ar livre. O festival promove o encontro entre artistas locais e internacionais, celebrando o caráter inventivo e radical da produção audiovisual contemporânea.
Depois de duas edições bem-sucedidas, o FENDA retorna com o tema “intempestividade” — uma provocação que desafia as noções lineares de tempo e coloca em diálogo obras de diferentes épocas e tecnologias. O novo recorte curatorial propõe o convívio entre obras históricas e contemporâneas, tecnologias obsoletas e ultramodernas, e modos de ver e ouvir que tensionam o presente, o passado e o futuro do cinema.
O FENDA apresenta seis mostras principais ao longo de seis dias de programação. A Intempestivas trará sessões com recortes curatoriais originais, aproximando clássicos e obras recentes que desafiam os limites do tempo e da linguagem. Na Mostra Horizontes o público poderá assistir a performances audiovisuais inéditas, elaboradas especialmente para o festival, com artistas belo-horizontinos da música e da poesia interagindo com imagens pré-existentes. Já a mostra Visões será dedicada a nomes de destaque do cinema experimental contemporâneo mundial. Nesta edição, recebe a alemã Helga Fanderl, a hispano-venezuelana Elena Duque e a brasileira Moira Lacowicz, com sessões de filmes e performances em Super 8 e 16mm.
A programação também contará com duas mostras competitivas: uma Internacional, com filmes recentes selecionados por Luís Fernando Moura, Carla Italiano e Victor Guimarães, diretor artístico do festival, e outra de BH destacando curtas-metragens realizados por artistas da capital mineira. A seleção da Competitiva BH é feita por jovens de escolas públicas e projetos sociais, após processo formativo em curadoria ministrado pelo festival. O público infantil também poderá curtir o festival com a sessão Cinema 3/99: Comer com os olhos, realizada em parceria com o Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona, que trará filmes para os pequenos com curadoria da espanhola Gloria Vilches, especialista em cinema experimental para crianças, em parceria com Elena Duque.
Um festival plural, analógico e urgente
O FENDA nasce da necessidade de fortalecer em Belo Horizonte um circuito permanente e público voltado à produção experimental e de vanguarda no campo das artes fílmicas. Com duas edições anteriores marcadas por forte presença internacional e destaque para formatos analógicos, o festival consolida-se como espaço de fruição artística, formação crítica e conexão entre linguagens.
Em sua estreia, em 2022, o festival contou com nomes como Leandro Listorti (Buenos Aires) e Clara Chroma (RJ). Em 2023, trouxe o coletivo mexicano Los Ingrávidos, Davani Varillas, Pedro Maia de Britto, Aiano Bemfica e uma mostra inédita de Eloísa Araújo Ribeiro. Em 2025, o festival aposta novamente na potência do analógico, promovendo sessões em Super 8 e 16mm, performances ao vivo e uma oficina prática com Moira Lacowicz sobre intervenção direta na película. Os interessados em participar podem se inscrever de até 1º de agosto, por meio do formulário bit.ly/OficinaFenda2025.
O FENDA reafirma sua missão de ampliar o repertório do público belo-horizontino e contribuir para a formação de artistas, pesquisadores, estudantes e críticos, com uma programação que privilegia o encontro entre arte, política, técnica e imaginação.
Para o diretor artístico do FENDA, Victor Guimarães, a proposta desta edição é apostar na intempestividade como uma ocorrência inesperada, fora de hora, mas também bagunçar as categorias de tempo, misturar passado e presente. Ele destaca que toda a programação reflete essa ideia dupla. “Nas sessões Intempestivas, curadores e curadoras propõem encontros livres e originais entre obras de repertório e contemporâneas. Na Horizontes, convidamos artistas locais da poesia e da música para elaborar performances inéditas, especialmente para o festival, em diálogo com obras do começo do século XX”, explica Victor Guimarães.
O diretor artístico também destaca que na mostra Visões, a intempestividade aparece nas projeções analógicas, que já são eventos únicos por natureza, mas também no caráter performático das sessões. “Os filmes da veterana Helga Fanderl só podem ser vistos em Super 8 e na presença da artista, que elabora cada programa pensando no espaço de exibição. A performance de Elena Duque é uma mistura bem-humorada entre cinema em 16mm e pintura ao vivo, com presença corporal da artista no palco. E no trabalho de Moira Lacowicz há uma constante manipulação de múltiplos projetores 16mm e Super 8, o que traz um elemento performático para a operação das máquinas”, conclui o diretor artístico.
Ele ressalta que com a proposta, o FENDA deste ano se abre mais para outras artes e faz um forte investimento nas artes fílmicas como acontecimento, como experiência única e irrepetível.
Programação
A abertura do festival acontecerá no dia 5 de agosto, às 19h, no Centro Cultural Vila Marçola, com uma performance artística do poeta Ricardo Aleixo, acompanhado do músico Ajitenà Marco Scarassatti, em diálogo com a obra da cineasta, antropóloga e escritora afro-estadunidense Zora Neale Hurston.
Nos demais dias, de 6 a 10 de agosto, a programação do FENDA ocupará o Cine Santa Tereza com uma série de mostras, sessões comentadas, oficinas e performances. Entre os destaques estão as sessões especiais com três artistas cujas trajetórias marcam de forma singular o campo do cinema experimental. A cineasta alemã Helga Fanderl apresenta duas sessões com obras realizadas em Super 8 entre 1992 e 2024. Seu cinema é marcado por uma abordagem artesanal, em que cenas cotidianas ganham novo fôlego a partir de uma montagem feita diretamente na câmera, sem pós-produção, resultando em composições visuais que aliam improviso e rigor técnico. Com 78 anos, Helga se apresenta pela primeira vez na América do Sul, em uma rara oportunidade de encontro com sua obra.
Já a hispano-venezuelana Elena Duque traz ao festival filmes que transitam entre a colagem e a animação experimental, mesclando elementos autobiográficos, paisagens e jogos de linguagem. Sua produção é conhecida por um tom íntimo e bem-humorado, onde a poesia visual se entrelaça a canções e elementos gráficos. No FENDA, além das exibições, ela realiza a performance Curso de Pintura Rápida para Principiantes, com projeção em 16mm.
A cineasta curitibana Moira Lacowicz apresenta uma mostra retrospectiva de seus trabalhos em Super 8 e 16mm, além de performances e de uma oficina de intervenção direta em película, compartilhando métodos e técnicas desenvolvidas ao longo de sua trajetória. Sua pesquisa é centrada na manipulação de imagens pré-existentes, sobre as quais opera com arranhões, colagens, tintas e rasgos, criando obras que questionam e reinventam os limites da imagem em movimento.
Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
Serviço
FENDA – Festival Experimental de Artes Fílmicas – 3ª edição
Data: De 5 a 10 de agosto de 2025
Local: Cine Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, Nº 89 – Bairro Santa Tereza) e Centro Cultural Vila Marçola (R. Mangabeira da Serra, 320 – Marçola) – Belo Horizonte (MG)
Entrada gratuita – Retirada de ingressos para as sessões de cinema pelo SYMPLA (site.bileto.sympla.com.br/
Inscrições para Oficina Intervenção direta em formatos analógicos, com Moira Lacowicz – De 23/7 a 01/08 – https://bit.ly/
Mais informações no instagram: @fendafestival
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
TERÇA-FEIRA, 05 DE AGOSTO
19h00 -Abertura Horizontes 1: Cartas intersígnicas para Zora Neale Hurston
Performance inédita de Ricardo Aleixo com colaboração de Ajitenà Marco Scarassatti em diálogo com a obra de Zora Neale Hurston
Local: Centro Cultural Vila Marçola
QUARTA-FEIRA, 06 DE AGOSTO
Local: Cine Santa Tereza
16h30 Competitiva BH1 – 46’
- Europa – Me Avise Quando Chegar (Victor Vieira, 2024, Brasil, 9′)
- Esboços (Rogério Vasconcelos, 2024, Brasil, 7′)
- Núbia (Bárbara Bello, 2025, Brasil, 12′)
- Aarão Reis, Solução do Turco (Nicholas Correa Negreiros, 2024, Brasil, 12′)
- Ilusão É Acreditar na Permanência (Gus Rocha, 2024, Brasil 6’)
Haverá debate com realizadores após a sessão.
18h15 Competitiva Internacional 1 – 78’
- Sem Título # 10: ao Redor do Amor (Carlos Adriano, 2025, Brasil, 16′)
- Pele de Touro Morto (Piel de Toro Muerto, Aroldo Murguia, 2025, Peru, 23′)
- Tecitura Preta (Black Sprang, Tracie Morris, 2024, EUA, 10′)
- Para Baixo e para a Esquerda (Abajo y a la Izquierda, Martín Baus, 2025, Chile/Equador/Suíça, 14′)
- Feiura Comovente (Ultra Martini, 2025, Brasil 15′)
20h00 Intempestivas 1: para Mafalda, a cachorra (sessão com legendagem descritiva) – 47’
Sessão programada por Luís Fernando Moura
- Élégie à Rimbaud (Leo Pyrata, 2010, Brasil, 7′)
- Vida de Cachorro (A Dog’s Life, Charlie Chaplin, 1918, EUA, 33′)
- Bicho Azul (Rafael Spínola, 2021, Brasil, 7′)
QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO
Local: Cine Santa Tereza
10h00 Oficina Intervenção direta em formatos analógicos, com Moira Lacowicz
16h30 Competitiva BH 2 – 59’
- Safo, a Doce-amarga (Larissa Muniz, 2025, Brasil, 26′)
- Transe (Ana Carolina Farina, 2024, Brasil, 2’)
- Junho de 2002 (Tainá Lima, 2024, Brasil, 10’)
- Ruídoresíduo (Nico Vaz, Rosa Dornas, Popó Tolentino, 2025, Brasil, 3′)
- Ocupando Es(Passos) (Júlia Barbosa, 2024, Brasil, 5’)
- Homenagem à Hollis Frampton (ou Thiago) (Pedro Kalil, 2024, Brasil, 13’)
Haverá debate com realizadores após a sessão.
18h15 Competitiva Internacional 2 -72’
- Nazareth (Mike Hoolboom, 2025, Canadá, 7′)
- Ao Sol, Longe do Centro (Al Sol, Lejos del Centro, Pascal Viveros, Luciana Merino, 2024, Chile, 17′)
- Apneia (Thales Pessoa, 2025, Brasil, 9′)
- Um Outro Outro (Another Other, Bex Oluwatoyin Thompson, 2025, EUA, 9′)
- ULÍA (Laura Moreno Bueno, 2024, Espanha, 13′)
- Mar de Dentro (Nu Abe, 2025, Brasil, 17′)
19h45 Horizontes 2: Notas para Uma Página de Loucura
Performance musical de Francisco César (sax, bandoneón e eletrônicos), Nelson Pimenta (sakurachi, percussão e eletrônicos) e Rémy Reber (guitarra, violão e eletrônicos) em diálogo com o filme Uma Página de Loucura (狂った一頁, Teinosuke Kinugasa, Japão, 1926, 71’)
SEXTA-FEIRA, 08 DE AGOSTO
Local: Cine Santa Tereza
10h00 Oficina Intervenção direta em formatos analógicos, com Moira Lacowicz
16h30 Intempestivas 2: Faz que vai (elogio do drible) – 52’
Sessão programada por Victor Guimarães
- A Menina Mascando Chiclete (The Girl Chewing Gum, John Smith, Inglaterra, 1976, 12′)
- Um Filme (Secreto) (Una Película (Secreta), Jerónimo Atehortúa, Colômbia, 2025, 23′)
- Coffea Arábiga (Nicolás Guillén Landrián, Cuba, 1968, 17′)
18h15 Competitiva Internacional 3 – 78’
- Rondas Giratórias (Revolving Rounds, Johann Lurf, Christina Jauernik, 2024, Áustria, 11′)
- Aparição (Camila Freitas, 2024, Brasil, 20′)
- February Answers (Melissa Dullius, 2025, Brasil/Alemanha/EUA/ Finlândia, 8′)
- Breu Febril (Wallace Douglas, 2024, Brasil, 11′)
- Grandmamauntsistercat (Zuza Banasińska, 2024, Polônia/Países Baixos, 23′)
- O Faz-tudo (Fábio Leal, 2025, Brasil, 5’)
19h45 Visões: Elena Duque: o mar em meus olhos – 64’
Sessão de filmes e performance com a artista hispano-venezuelana Elena Duque
- O Mar Salgado (La Mar Salada, Elena Duque, 2014, Espanha, vídeo a DCP, 3’)
- Coleção Privada (Colección Privada, Elena Duque, 2020, Espanha/Venezuela, super 8mm a DCP, 13′)
- Mar de Coral (Elena Duque, Espanha, 2022, super 8mm a DCP, 11’)
- Olhinhos Mentirosos (Ojitos Mentirosos, Elena Duque, Espanha, 2024, super 8mm a DCP, 6’)
- Portais (Portales, Elena Duque, Espanha, 2025, 16mm a DCP, 16’)
- Performance: Curso de Pintura Rápida para Principiantes (Elena Duque, Espanha, 2023, 16mm, papel, pinceis, tinta acrílica, 25’)
SÁBADO, 09 DE AGOSTO
Local: Cine Santa Tereza
16h30 Cinema 3/99: Comer com os olhos Programa original do Centro de Cultura Contemporánea de Barcelona
Sessão infantil programada por Glória Vilches e Elena Duque, apresentada por Elena Duque.
- Tomate (Tomato,Caitlin Craggs, 2015, EUA, 2’43”)
- Ñam (Elena Duque, 2014, Espanha, 2’18”)
- Fruta Fruta (Fruit Fruit, Peter Millard, 2013, Reino Unido, 2’16”)
- #010 (Yonay Boix, Ariadna Onofri, Alexandra Boix, 2024, Espanha, 3’25”)
- 12 Cafés da Manhã (12 breakfasts, Jo Thompson, 2021, Alemanha, 5’20”)
18h00 Intempestivas 3: Fronteiras imaginadas – 69’
Sessão programada por Diego Cepeda (República Dominicana)
- Machete Gillette… Mama, (Larry Gottheim, 1989, República Dominicana, 43′)
- Pacaman (Dalissa Montes de Oca, 2021, República Dominicana, 23′)
19h30 Visões: Helga Fanderl: cenas de uma vibração total 1 – 51’
Sessão de filmes em Super 8mm em presença da artista alemã Helga Fanderl
Aviões I (Flugzeuge I) + Cachoeira (Wasserfall) + Colheita de Maçã (Apfelernte) + Roda Gigante (Riesenrad) + Meninas (Mädchen) + Fonte (Brunnen) + Retrato (Portrait) + Bebendo Chá (Teetrinken) + Cortina Vermelha (Roter Vorhang) + Mona Lisa I + Fonte Médicis (Fontaine Médicis) + Aviário (Volière) + Passantes (Passanten) + Fogo de artifício (Feuerwerk) + Flores de Íris e Pavões (Irisblüten und Pfaue) + Estacas em um Rio (Pfosten im Fluss) + Depois do fogo (Nach dem Feuer) + Animais de Zoológico e Arquiteturas (Zootiere und Architekturen) + Tulipas (Tulpen) + Para K. (Canal na Luz do Verão) (Für K. (Kanal im Sommerlicht))
Todos os filmes foram realizados entre 1992 e 2024
DOMINGO, 10 DE AGOSTO
Local: Cine Santa Tereza
16h30 Visões: Helga Fanderl: cenas de uma vibração total 2 – 52’
Sessão de filmes em Super 8mm em presença da artista alemã Helga Fanderl
Carrossel (Karussell) + Plantas Aquáticas (Wasserpflanzen) + Balançando (Schaukeln) + Imagens da Primavera (Frühlingsbilder) + Imagens de Paris para Dr. G. (Pariser Bilder für Dr. G.) + Cães Brincando (Spielende Hunde) + Conversação na Praia (Konversation am Strand) + Outono em St. Piat (Herbst in St. Piat) + Caquizeiro no Inverno (Kakibaum im Winter) + Na Neve (Im Schnee) + Urso Polar (Eisbär) + Espelhado (Gespiegelt) + Árvore Florescente (Blütenbaum) + Fotos ao Ar Livre (Pleinair-Fotos) + Escola de Apicultura (Imkerschule) + Mimosas ao Vento (Mimosen im Wind) + Passando Ferro na Rua
(Bügeln auf der Straße) + Barcos de Pesca (Fischerboote) + Tanque de Circulação (Umlauftank) + Grade sobre a Coruja da Neve (Gitter über der Schnee-Eule) + Folhas sobre o Telhado de Vidro (Blätter auf dem Glasdach) + Jardin d’Acclimatation I
Todos os filmes foram realizados entre 1992 e 2023
17h45 Visões: Moira Lacowicz: reencontros, corrosões – 38’
Sessão de filmes e performances em Super 8mm e 16mm com a artista paranaense Moira Lacowicz
- Let’s take a Walk (Moira Lacowics, 2018, Argentina, Super 8mm a DCP, 5′)
- Lick Every Drop (Moira Lacowicz e Leonardo Zito, 2018, Argentina, 8mm a DCP, 5’40”)
- MALOGRO (Moira Lacowicz, 2019, Argentina, Super 8mm a DCP, 4’40”)
- Double Talk II (Moira Lacowicz, 2019, Argentina, Super 8mm a DCP, 4’27”)
- Mas Paritaria Menos Yuta (Moira Lacowicz e Leonardo Zito, 2018, Argentina, Super 8mm a DCP, 3’30”)
- XVII Estrela (Moira Lacowicz, 2023, Brasil, Super 8mm, projeção analógica bicanal, 3’30”)
- Wild Flowers (Moira Lacowicz, 2024, Brasil, 16mm, projeção analógica bicanal, 5’)
- Fanopeia ou Guerra entre Imagens (Moira Lacowicz, 2025, Brasil, 16mm, projeção analógica bicanal, 5′)
19h00 encerramento + intempestivas 4: memória, transe, território – 84’
Anúncio dos vencedores das mostras competitivas + Sessão programada por Carla Italiano
- Coração Sangrante (Corazón Sangrante, Ximena Cuevas, 1993, México, 3’48”)
- ¡Aoquic iez in Mexico! O México Não Existirá Mais! (¡Aoquic iez in Mexico! ¡Ya México no existirá más!, Annalisa D. Quagliata Blanco, 2024, México, 80′)
Excelente programação!!!👏👏👏