
Quis o destino que Francisco Cuoco, grande galã de teatro, filmes e, principalmente, novelas, entre as décadas de 1960 e 2000, fizesse, aos 91 anos, sua despedida deste plano no ‘Dia do Cinema Brasileiro’, 19 de junho. Segundo informações apuradas pela Folha de S.Paulo, o ator estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, há três semanas, e sofria complicações de saúde devido à idade. Embora a causa da morte ainda não tenha sido confirmada, Cuoco tratava de uma infecção originada de um ferimento.
Ao todo, o artista emprestou seu talento a 51 novelas, 31 peças de teatro, 11 filmes, um telefilme, uma temporada de “Malhação”, três temporadas de “Grande Teatro Tupi”, uma temporada da “Dança dos Famosos”, dois especiais de fim de ano, e participações em 21 episódios esporádicos de novelas e séries diversas, como “Sai de Baixo”, “A Grande Família”, “Doce de Mãe” e “Toma Lá, Dá Cá”; um total de 121 trabalhos, sem contar os de cunho publicitário e em outras funções, como dublagem, por exemplo.
Nascido em 1933, no Brás, na capital paulista, ex-feirante (como o pai, Leopoldo; a mãe, Antonieta, era dona de casa) e focado em cursar Direito, acabou optando por, em 1950, entrar para a Escola de Arte Dramática de São Paulo, onde estudou por quatro anos.
Reconhecido pela voz grave e marcante, Cuoco foi casado três vezes: com a atriz Carminha Brandão, de 1960 a 1964; Gina Rodrigues, mãe de seus filhos, de 1966 a 1984; e a estilista Thaís Almeida, 53 anos mais nova, entre 2014 e 2017. Deixa três filhos, Tatiana, Rodrigo e Diogo (todos do segundo casamento), e netos.